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PGR se manifesta para que STF decida se Lei da Anistia se aplica a militares acusados da morte de Rubens Paiva | Política

Redação
por Redação

A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se nesta terça-feira (28) no Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Corte diga se a Lei de Anistia de 1979 se aplica ou não aos militares acusados da morte do ex-deputado Rubens Paiva durante a ditadura, em 1971. A manifestação ocorreu em um recurso interposto pelo Ministério Público Federal (MPF) no STF e é uma resposta a um pedido feito pelo relator, o ministro Alexandre de Moraes.

O Ministério Público Federal (MPF) recorreu ao Supremo em 2021 após a decisão do STJ por entender que o tribunal não tratou da tese de que não existe prescrição em relação ao delito de ocultação de cadáver e que a Lei de Anistia não poderia ter sido usada para justificar o trancamento da ação penal.

Isso porque o corpo de Rubens Paiva ainda não foi encontrado e, segundo a denúncia, existem indícios de que os acusados pelo desaparecimento do cadáver possuem informações de seu paradeiro, negando-se a fornecê-las. Na avaliação do MPF, ocultação de cadáver é de consumação permanente e a prescrição – extinção de um direito por inércia do seu titular – inicia-se apenas quando o cadáver for encontrado.

Três dos cinco autores morreram: Rubens Paim Sampaio, em 2017; Jurandyr Ochsendorf e Souza, em 2019; e Raymundo Ronaldo Campos, em 2020. Jacy Ochsendorf e Souza e José Antônio Nogueira Belham estão vivos.

A discussão sobre o caso Rubens Paiva ganhou ênfase após o filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido pelo cineasta brasileiro Walter Salles, que conta a história da família Paiva e a luta de sua esposa, Eunice Paiva, para ter informações sobre o desaparecimento do marido. O filme é baseado no livro de mesmo nome, escrito pelo filho do casal, o jornalista Marcelo Rubens Paiva. O filme está indicado ao Oscar nas categorias melhor filme e melhor filme internacional e a atriz Fernanda Torres concorre como melhor atriz. Ela já ganhou o Globo de Ouro.

Fachada do STF — Foto: Nelson Jr.//SCO/STF

Fonte: Externa

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