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Washington vai aumentar a segurança e prevê período turbulento entre eleição e posse | Mundo

Redação
por Redação

O trauma do 6 de Janeiro de 2021, quando apoiadores de Donald Trump invadiram o Capitólio, e a perspectiva de uma nova contestação do resultado da eleição presidencial neste ano levaram Washington a se preparar para um período turbulento.

A classificação, uma novidade em relação à última eleição, significa que a data é vista como alvo potencial de terrorismo ou de outras ações criminais. Na prática, fica a cargo do Serviço Secreto coordenar todo o esquema de segurança, em cooperação com FBI e autoridades locais.

Outras datas em foco neste ano são o 5 de novembro, quando ocorre a votação popular, e 17 de dezembro, quando os delegados votam no Colégio Eleitoral – confirmando o resultado das urnas em seus Estados, se tudo ocorrer como esperado.

A cidade já considera que o vencedor não será declarado na noite do pleito. “Podemos entrar em um período em que teremos uma disseminação generalizada de desinformação e ‘fake news’ sobre o resultado”, disse o administrador-assistente de Washington, Chris Rodriguez, a jornalistas. “Por um período, talvez dias ou semanas, o país, e em muitos aspectos o mundo, estará esperando pelo vencedor declarado.”

4.000 agentes de segurança

Cerca de 4.000 agentes de segurança adicionais serão alocados na capital entre 6 de janeiro e a posse, duas semanas depois, no dia 20. A prefeita também afirmou que todo o entorno do Capitólio ficará cercado nesse período.

A Polícia do Capitólio eliminou uma das etapas necessárias para solicitar apoio da Guarda Nacional, mas afirmou que espera não precisar contar com a ajuda da corporação federal, “a menos que seja o último recurso”.

O clima de apreensão cresce na cidade. Segundo o site Axios, durante o encontro das autoridades na terça-feira (22), por exemplo, Brooke Pinto, que ocupa cargo equivalente ao de vereadora de Washington, disse que comerciantes de sua área de representação estão cogitando colocar tapumes nas janelas. A região de Brooke é a que engloba justamente a Casa Branca, o National Mall e vários museus e monumentos da capital.

Outra reação na cidade escolheu uma via mais cômica. Nesta quinta-feira (24), uma espécie de paródia de monumento foi instalada próxima do Capitólio: uma mesa com uma réplica de fezes, semelhante ao “emoji de cocô”, em cima.

Uma placa afirma que o memorial “homenageia os homens e mulheres corajosos que invadiram o Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021 para saquear, urinar e defecar por esses corredores sagrados, a fim de reverter uma eleição”.

“O presidente Trump celebra esses heróis do 6 de Janeiro como ‘patriotas inacreditáveis’ e ‘guerreiros’. Este monumento é um testemunho de seu ousado sacrifício e legado duradouro”, completa.

Segundo o “Huffington Post”, a ação é de um grupo chamado Civic Crafting, que teria conseguido autorização para manter o memorial no local por sete dias.

Capitólio, em Washington (EUA) — Foto: Harold Mendoza/Unsplash

Fonte: Externa

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