O volume de debêntures incentivadas emitidas no período de janeiro a agosto superou em 30% o registrado no ano de 2023 completo, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Considerando apenas agosto, os títulos movimentaram R$ 4,6 bilhões, após cinco meses consecutivos de emissões acima de R$ 10 bilhões.
A maior parte dos recursos, cerca de 39%, corresponde às operações feitas por empresas de energia elétrica. Transporte e Logística correspondem a 24% do volume, enquanto o setor de saneamento ficou com 12%.
“A possibilidade de novas elevações na Selic reforça a perspectiva de que as emissões de renda fixa continuem sendo predominantes no mercado de capitais. As debêntures se destacam como instrumento mais usado pelas empresas para captar recursos e aquelas com incentivo fiscal têm um atrativo a mais para os investidores” disse Cristiano Cury, coordenador da comissão de renda fixa da Anbima, em comunicado.
No mercado secundário, as negociações com debêntures incentivadas somaram R$ 26 bilhões em agosto, segundo melhor resultado mensal, conforme a Anbima. No acumulado do ano, o volume soma R$ 179,7 bilhões, cerca de 39% do registrado em 2023 inteiro.
