Após a vitória da CCR no leilão da Rota Sorocabana, nesta quarta-feira (30), o presidente do grupo, Miguel Setas, afirmou que a oferta dada no leilão ficou dentro das condições mínimas de rentabilidade do projeto.
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No leilão, a CCR ofereceu uma outorga de R$ 1,6 bilhão ao governo paulista. Setas também disse que a conquista do contrato ajuda na gestão do portfólio da CCR, que se prepara para reduzir sua dependência em relação à Autoban, principal concessão do grupo, que vence em 2037.
“A concessão vai alongar o ‘duration’ [prazo remanescente médio das concessões] do portfólio em 1,3 ano. Estamos trabalhando para o alongamento do ‘duration’, [a concessão] permite também reforçar a presença no Estado de São Paulo, onde grupo tem conhecimento, e reduzir a dependência de ativos importantes no nosso portfólio”, disse o presidente.
Na teleconferência, os executivos também destacaram o conhecimento da CCR em boa parte da concessão, que traz um pedaço da ViaOeste, hoje operada pelo grupo. Os trechos desse contrato incorporados na nova concessão representam 80% da receita, segundo Setas.
O diretor-financeiro Waldo Perez disse que o grupo firmou parcerias com construtoras para ao menos metade das obras de ampliação, que por sua vez representam 52% dos investimentos totais previstos. “É uma mitigação de risco”, disse, destacando que as obras mais complexas virão apenas entre o oitavo e o nono ano da concessão. “É um perfil de risco contido do projeto, temos conforto grande com nossas premissas”, afirmou Perez.