A receita do setor de máquinas e equipamentos somou R$ 26,8 bilhões em agosto, alta de 12,4% em relação a julho, mas mostrou queda de 7,5% na comparação anual. Os dados são do levantamento divulgado pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), nesta terça-feira (01).
As vendas internas no mês passado ficaram em R$ 21,6 bilhões, tendo aumento de 30,9% sobre o mês anterior. Entre janeiro e agosto, o setor teve receita interna de R$ 130,4 bilhões, queda de 14,5% em relação ao acumulado no mesmo período do ano passado.
Já o consumo aparente (soma das vendas da produção interna com importações, excluindo as exportações) ficou em R$ 36,8 bilhões em agosto, alta de 14,7% na comparação mensal e de 4,4% na anual. No acumulado do ano, no entanto, o setor teve consumo aparente de R$ 237 bilhões, queda de 6% sobre janeiro–agosto de 2023.
Exportações e importações
As exportações de máquinas e equipamentos ficaram em US$ 945 milhões em agosto, queda tanto na comparação com julho (29%) como sobre o mesmo mês de 2023 (35,4%). No acumulado do ano também há queda: 10,4%, com US$ 8,3 bilhões em oito meses.
As importações caíram em relação a julho. Em agosto, foram US$ 2,5 bilhões, 3,6% menor contra o mês anterior. No ano, as importações atingiram US$ 19,4 bilhões, expansão de 6,9% nos oito primeiros meses de 2023.
O resultado do comércio exterior do setor é de um déficit em agosto de US$ 1,6 bilhão e no ano de US$ 11 bilhões. Em relação a 2023, há alta no déficit de 46,2% na comparação anual e de 24,9% ao analisar o acumulado do ano em oito meses.
Os números de agosto vieram na direção do esperado, conforme a diretora de competitividade, economia e estatística da Abimaq, Cristina Zanella. “Houve uma relativa recuperação na ponta e, quando olhamos principalmente o mercado doméstico, essa recuperação aconteceu de forma mais intensa. Ela cresceu 30% em relação ao mês anterior e estabilizou em relação ao mesmo período do ano passado”, diz.
Para 2024, a Abimaq mantém as estimativas de 7% na queda da receita total; de 8,8% na receita interna; e de 3,4% nas exportações. Para 2025, a organização afirma não ter projeções para informar, mas espera uma retomada dos negócios no próximo ano.
