A Vale afirmou na noite desta terça-feira, 12, em comunicado, que a atuação de seu conselho no processo de definição do presidente da companhia “está rigorosamente em conformidade com o estatuto social” e com o “regimento interno e políticas corporativas”.
Ao renunciar, Penido afirmou que, “no conselho se formou uma maioria cimentada por interesses específicos de alguns acionistas lá representados, por alguns com agendas bastante pessoais e por outros com evidentes conflitos de interesse”. O processo, continuou, tem sido operado por frequentes, detalhados e tendenciosos vazamentos à imprensa, em claro descompromisso com a confidencialidade.
Ele afirmou ainda não acreditar mais “na honestidade de propósitos de acionistas relevantes da empresa no objetivo de elevar a governança corporativa da Vale ao padrão internacional de uma corporation (companhia sem controle definido)”.
Seu mandato ia de maio de 2023 a abril de 2025. “Minha atuação como conselheiro independente se torna totalmente ineficaz, desagradável e frustrante”, termina.
A carta foi enviada a Daniel Stieler, presidente do conselho, a Gustavo Pimenta, diretor Financeiro e de Relações com Investidores, e a Luiz Gustavo Gouvea, diretor de Governança Corporativa.
Penido é bacharel em Engenharia de Minas e tem longa carreira em grandes projetos de mineração. Foi presidente do conselho de administração da Vale antes de Sieler e diretor-executivo da Samarco de 1992 a 2003, além de ter comandado o conselho da Fibria Celulose por dez anos.