BRAIP ads_banner

STJ autoriza Alberto Youssef a tirar tornozeleira eletrônica | Política

Redação
por Redação

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) liberou o ex-doleiro Alberto Youssef do uso da tornozeleira eletrônica na terça-feira (6). Ele usava o rastreamento havia mais de sete anos por sua condenação pelo crime de lavagem de dinheiro no caso da “Lava Jato“.

A Quinta Turma do STJ concedeu o habeas corpus de ofício, estabelecendo que o juiz responsável pelo caso, Eduardo Fernando Appio, que assumiu a 13ª Vara Federal em Curitiba após a saída de Sergio Moro, hoje senador, determine outras medidas que não sejam a tornozeleira eletrônica.

O voto foi acompanhado pelos ministros Joel Ilan Paciornik e Daniela Teixeira. Para a corte, a continuidade desse monitoramento por mais de sete anos não é compatível com a pena do regime aberto.

Ao longo da votação, houve divergência por parte do ministro Reynaldo Soares da Fonseca. Ele argumentou que não se discutiu a proporção da pena a ser cumprida, visto que o acordo de delação previa um prazo de até 30 anos de pena, conforme a decisão anterior do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin.

Entre os argumentos apresentados na sessão de terça, o ministro mencionou a reincidência de Youssef, que foi preso novamente em 2023 pela Polícia Federal por não ter devolvido aos cofres públicos todos os valores desviados.

Segundo o relatório da PF na época, suas condições de vida eram “totalmente incompatíveis com a situação da imensa maioria dos cidadãos brasileiros”.

O acordo de delação premiada feito com o MPF (Ministério Público Federal) previa o uso de tornozeleira por Youssef por 27 anos para garantir o monitoramento aos finais de semana. Ele cumpriu a pena em regime fechado entre 2014 e 2016. Depois, iniciou o regime aberto e o uso da tornozeleira.

O ex-doleiro Alberto Youssef — Foto: Jorge William / Agência O Globo

Fonte: Externa

BRAIP ads_banner

Compartilhe esse artigo