O sindicato de trabalhadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Assibge, voltou a criticar a Fundação IBGE+, criada pela direção do instituto em julho e anunciada em setembro para os servidores. O alerta agora é sobre o risco para políticas públicas. Em carta aberta, o sindicato afirma que há um conjunto de perigos, como de captura da produção de informações estatísticas e geocientíficas por interesses privados; impacto na autonomia e na credibilidade do instituto; além de risco jurídico.
A Fundação IBGE+ (Fundação de Apoio à Inovação Científica e Tecnológica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE) é uma fundação de direito público-privada, criada em 12 de julho, mas que só foi comunicada em dia 9 de setembro na intranet da instituição.
A direção do IBGE argumenta que a fundação é parte do contexto da conjuntura orçamentária atual e permite que o IBGE “possa receber recursos adicionais para pesquisa e inovação tecnológica que não fiquem sujeitos às restrições obrigatórias do orçamento federal”.
O texto do sindicato condena a falta de discussão sobre o projeto da Fundação IBGE+ com o corpo técnico, o que impediu a adoção de medidas que poderiam mitigar riscos.
Ontem, servidores do IBGE fizeram mais uma manifestação, organizada pelo sindicato. Este é o segundo protesto em menos de duas semanas.