O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu nesta terça-feira (13) a retomada das obras da Usina Nuclear Angra 3, no litoral do Rio. Em audiência na Comissão de Minas e Energia da Câmara, ele disse que o empreendimento não pode continuar sendo “um mausoléu para visitação”.
Em entrevista ao Valor, há duas semanas, Silveira disse que a retomada do controle do complexo de Angra pelo governo federal estava em negociação avançada com a Eletrobras, privatizada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em troca, o governo receberia mais assentos no conselho de administração da empresa.
Silveira disse ainda que a pasta vai defender a conclusão das obras da usina na reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). O MME estima que a conclusão de Angra 3 demandaria aproximadamente R$ 20 bilhões em investimentos.
Sobre as tarifas de energia elétrica, o ministro disse que não será em sua gestão que a população vai pagar mais caro. “Eu não vou ser o pai da conta de energia mais cara do mundo. Nós já somos uma das mais caras, eu não vou ser o pai da mais cara. Eu não vou sair com esse título”, disse Silveira aos deputados.