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Sem acordo, PEC do BC fica para depois do recesso | Política

Redação
por Redação

Sem um acordo em torno do texto, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) adiou a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que confere autonomia financeira ao Banco Central (BC). O presidente do colegiado, Davi Alcolumbre (União-AP), já havia antecipado que não colocaria o tema em deliberação sem que houvesse um acordo.

Após o encontro, o relator afirmou a jornalistas que não houve acordo e que a deliberação seria adiada.

“O governo teve cinco meses para apresentar uma proposta e apresenta na véspera? Eu me recusei a ler”, afirmou Plínio a jornalistas.

A proposta apresentada pelo governo nesta quarta-feira concede autonomia ao órgão, mas mantém o BC como autarquia.

O regime jurídico do BC é o grande entrave do governo para que a matéria vá a votação. Segundo Jaques Wagner, o Executivo não é contra a autonomia financeira do órgão, mas que vê com preocupação a transformação no órgão em empresa pública.

O relator afirmou que mantendo o órgão como autarquia, a PEC perde seu principal objeto.

Na proposta do governo, a autoridade financeira incorpora ao seu orçamento despesas do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (PROAGRO).

Nesta quarta-feira, o Valor mostrou que o Ministério da Fazenda estuda uma proposta para introduzir no Brasil o chamado modelo “twin peaks”, levando o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a virarem “superórgãos” reguladores que ficariam responsáveis pelo monitoramento, pela regulação e pela supervisão do mercado financeiro, dos mercados de capitais, de seguros e até de previdência.

Senador Plínio Valério (PSDB-AM) — Foto: Pedro França/Agência Senado

Fonte: Externa

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