O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA), usou as redes sociais para sair em defesa de um pacote de ajuste fiscal a ser apresentado pelo governo nos próximos dias. O ministro defendeu que é preciso fazer os “ajustes necessários” para garantir a manutenção do crescimento do país. Neste sentido, ele referendou a proposta de “enquadrar” as despesas dentro do marco fiscal.
A afirmação foi feita num momento em que se especulava que Rui Costa poderia se posicionar contra o pacote de gastos elaborado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Isso porque os dois já divergiram, no passado, sobre medidas de controle das despesas.
Apesar desse receio do mercado, o Valor apurou mais cedo que os Ministérios da Fazenda e da Casa Civil se acertaram sobre as medidas necessárias para cortar gastos do governo federal, e neste momento elas estão sendo analisadas pela equipe jurídica da União. A informação foi divulgada inicialmente pela colunista Miriam Leitão, do jornal “O Globo”. O teor das medidas, no entanto, continua desconhecido.
Na tarde de terça-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não há data prevista para o anúncio dessas medidas. Ele também disse desconhecer projeções, publicadas nas últimas semanas por veículos de comunicação, de que os cortes ficarão entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões e afirmou que “não chamaria de ‘pacote’” as medidas. As declarações pioraram fortemente o humor do mercado, que esperava a apresentação de um pacote de corte de despesas após as eleições municipais.