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Quem são os indiciados pela Polícia Federal no inquérito sobre desvio e venda de joias | Política

Redação
por Redação

Abaixo, veja quem são os indiciados:

Ex-presidente da República e ex-deputado federal, Bolsonaro é o principal nome do inquérito. Os itens investigados seriam fruto de presentes oficiais recebidos por ele ou entregues a aliados por autoridades de outros países durante missões oficiais da Presidência. O ex-presidente ainda não se pronunciou. Em manifestações anteriores, a defesa de Bolsonaro nega irregularidades e diz que o então mandatário agia conforme regulamentação vigente sobre o recebimento de presentes valiosos. Este é o segundo indiciamento contra o ex-presidente. O primeiro, pedido em março, apura a falsificação de certificados de vacinas contra a covid-19.

Ex-ministro de Minas e Energia do Governo Bolsonaro. Foi com um assessor de Albuquerque que as joias de diamantes destinadas à ex-primeira-dama foram encontradas e retidas pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos (SP). Na ocasião, ele tentou pessoalmente convencer os agentes do Fisco a liberar os diamantes. Além disso, a comitiva de Bento Albuquerque trouxe outro pacote com presentes com um relógio e outras peças que entraram no Brasil e foram entregues a Bolsonaro.

Ex-secretário Especial de Comunicação do governo de Jair Bolsonaro. Na representação da PF endereçada ao Supremo Tribunal Federal (STF), o nome de Wajngarten é mencionado em diálogos com Mauro Cid sobre joias trazidas pelo então ministro Bento Albuquerque da Arábia Saudita, em 2021. Na mensagem, Mauro Cid fala do processo no TCU e Wajngarten responde: “Por isso era muito melhor a gente se antecipar”.

Na sequência, o advogado faz referências a “Câmara” e “Fred”, que, segundo a PF, são Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro, e Frederick Wassef. Depois, Mauro Cid fala para Wajngarten ligar para Bolsonaro, o que ele não responde. Após o indiciamento, Wajngarten diz que seu indiciamento é uma “afronta legal” e que sua atuação no caso foi na condição de advogado.

Advogado, atua como defensor da família Bolsonaro. Nas investigações, a PF diz que ele participou da operação de recompra de um relógio Rolex nos Estados Unidos. Wassef adimitiu a compra do item para devolvê-lo ao governo, mas negou que tenha sido a pedido de alguém e informou que usou o próprio dinheiro. Em nota, o advogado criticou o vazamento do pedido de indiciamento e disse já ter prestado informações à PF.

José Roberto Bueno Júnior

Ex-chefe de gabinete do ministro de Minas e Energia. É responsável por ter sido um dos que tentaram reaver as joias.

Ex- auditor fiscal da Receita Federal e secretário-especial da Receita Federal no Governo Bolsonaro. Auditores informaram que o ex-chefe os pressionou para liberar as joias presenteadas pelo governo saudita que seriam destinadas à ex-primeira dama Michele Bolsonaro.

É coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Câmara recebeu poderes para cuidar do acervo de presentes que Bolsonaro ganhou durante os quatro anos de mandato e teria participado das negociações de venda dos bens. O ex-ajudante de obras chegou a ser preso pelo STF quando foi alvo da Operação Tempus Veritatis, que investiga tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito por suposto grupo formado por Bolsonaro e aliados.

Marcelo da Silva Vieira, ex-chefe do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência da República. Vieira é investigado por participar das negociações com o objetivo de desviar os presentes recebidos por Bolsonaro em razão de seu cargo, ou por autoridades brasileiras em seu nome, entregues por autoridades estrangeiras.

Marcos André dos Santos Soeiro

Militar da Marinha, Soeiro era assessor do então ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque. Ele foi barrado pela Receita Federal ao tentar entrar ilegalmente no Brasil com joias avaliadas em R$ 16,5 milhões após uma viagem da Arábia Saudita em que o ministro de Minas e Energia representou o presidente da República.

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. De acordo com a Polícia Federal, Cid participava ativamente das negociações de venda dos presentes recebidos pelo ex-presidente Bolsonaro em razão de seu cargo, ou por autoridades brasileiras em seu nome, entregues por autoridades estrangeiras.

Pai de Mauro Cid e general do Exército. Foi colega de Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), escola de formação dos oficiais do Exército. No governo de Bolsonaro, ele foi chefe da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) em Miami. É apontado pela PF como um dos negociadores dos objetos recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Algumas malas com os objetos eram enviadas para a sua casa, em Miami. Ainda segundo a corporação, Cid pai teria enviado objetos para avaliação, cotação e venda.

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. De acordo com a PF, Crivelatti e Marcelo Câmara organizaram uma “operação de resgate” dos bens, que foram encaminhados para a cidade de Orlando, nos Estados Unidos. Após decisão do TCU para que o kit com itens masculinos da marca Chopard contendo uma caneta, um anel, um par de abotoaduras, um rosário árabe (masbaha) e um relógio fossem devolvidos ao estado brasileiro, os investigados internalizaram os bens, devolvendo-os na data de 24 de março de 2023 na agência da Caixa Econômica Federal, em Brasília.

Reflexo do pai de Mauro Cid, general Mauro Lorena Cid, aparece em foto que, para PF, foi usada para negociar venda de escultura — Foto: Reprodução

Fonte: Externa

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