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PT perderia a Presidência se a eleição fosse hoje, e Haddad é fraco, afirma Kassab | Política

Redação
por Redação

Presidente nacional do PSD e articulador político do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo, Gilberto Kassab afirmou nesta quarta-feira (29) que, se a eleição presidencial fosse hoje, o PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria derrotado. Kassab disse estar preocupado com os rumos da economia no país e avaliou como “fraco” o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Para o dirigente partidário e secretário estadual de Governo, a dificuldade enfrentada por Haddad para comandar é “péssimo indicativo”.

O presidente do PSD citou os resultados da pesquisa Genial/Quaest divulgada na segunda-feira, que mostram, pela primeira vez, o governo Lula com uma desaprovação maior do que aprovação. A avaliação da gestão federal piorou até mesmo na região Nordeste e entre os mais pobres. Kassab citou que desde a primeira eleição de Lula, em 2022, “o PT nunca teve uma queda no Nordeste”. “Sempre foi estável e crescendo. Pela primeira vez teve queda grande, o que é um indicativo muito grande de que o PT, se [a eleição presidencial] fosse hoje, estaria na campanha não na posição de favorito, mas na posição de derrotado”, afirmou o dirigente do PSD.

Ao participar do evento Latin America Investment Conference (LAIC), realizado pelo UBS na capital paulista, Kassab disse que o terceiro mandato de Lula não tem uma marca forte, como teve nas gestões passadas. “Hoje eu não vejo nenhuma marca”, disse. Em seguida, ressaltou os problemas na economia e afirmou estar preocupado com a “indignação popular” com isso. Um dos problemas destacados pela pesquisa Quaest foi o custo dos alimentos: 83% disseram que o preço dos alimentos nos mercados aumentou no último mês. Para 57%, houve alta no preço do combustível e 62% apontaram aumento nas contas de água e luz.

Kassab afirmou acreditar que a economia tem sucesso quando o ministro da Fazenda é forte. Como exemplos, citou os ex-ministros Delfim Netto, Fernando Henrique Cardoso, Pedro Malan, Antonio Palloci, Henrique Meirelles. Sobre Paulo Guedes, afirmou que ele foi o responsável por “todos os bons momentos” do governo Jair Bolsonaro (PL). “A presidente Dilma não foi bem porque ela queria comandar a economia”, disse. “E hoje, o que a gente vê, é uma dificuldade do ministro Haddad de comandar. Ele teoriza convicções, projetos que não acabam se tornando realidade, porque ele não consegue se impor no governo. O ministro da Fazenda, fraco, sempre é um péssimo um indicativo”, disse.

Ao mesmo tempo em que equilibra o comando de três ministérios no governo Lula (Minas e Energia, Agricultura e Pesca) e a secretaria de Governo na gestão Tarcísio, Kassab afirmou que Lula é um “candidato forte” e que ainda teria tempo para viabilizar uma eventual reeleição em 2026.

“Mas [Lula] sempre é um candidato forte. Ele tem muita experiência, pode fazer uma reviravolta no seu governo, tanto com vontade de ganhar a eleição, o que precisa fazer para ganhar ele faz e ele pode efetivamente ser um candidato forte”, disse.

Kassab tentou minimizar uma eventual candidatura de Tarcísio para 2026, mas não descartou totalmente. Sobre Bolsonaro, que está inelegível até 2030, afirmou que a vitória do ex-presidente em 2018 não foi um apoio a Bolsonaro, mas sim uma rejeição ao governo da época.

O presidente nacional do PSD falou ainda sobre uma eventual fusão de seu partido com o PSDB, criando um dos maiores partidos do país. “É uma conversa que está acontecendo, pode ser bem-sucedida e pode resultar em um partido maior, mais fortalecido, com grande perspectiva de ocupar um espaço mais importante ainda no cenário da política brasileira.”

Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD e secretário de Governo na gestão Tarcísio de Freitas — Foto: Ana Paula Paiva/Valor

Fonte: Externa

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