O setor de previdência privada aberta teve um crescimento de 19,8% no primeiro trimestre de 2024 na comparação com igual período de 2023, com arrecadação de R$ 47,1 bilhões, segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). Segundo a entidade, “os números reforçam a manutenção da tendência de forte crescimento do setor em 2024”.
Os resgates registraram queda de 7,4% em igual base de comparação, somando R$ 31,5 bilhões no primeiro trimestre. Com isso, a captação líquida (resultado da arrecadação descontados os resgates) totalizou R$ 15,6 bilhões, 194,7% maior do que o primeiro trimestre de 2023.
Em ativos totais, o setor soma mais de R$ 1,4 trilhão, o que representa cerca de 13% do PIB.
Segundo o relatório, ao final do primeiro trimestre de 2024 cerca de 11,1 milhões de pessoas tinham plano de previdência privada aberta, dos quais 20% na modalidade coletiva. Ao todo são 2,3 milhões de indivíduos em planos coletivos, o equivalente a 3,8% dos trabalhadores formais do país.
Em números de planos comercializados, já são mais de 14 milhões no Brasil, sendo a maioria (8,8 milhões) de Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). Há ainda 3 milhões de Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), e outros 2,3 milhões de planos tradicionais.
Em termos de volume de recursos, 92% do valor acumulado no primeiro trimestre foi em VGBL, 6% em PGBL e o restante (2%) em planos tradicionais.
A aprovação de normas e a regulamentação de medidas que melhoram o ambiente de negócios para o segmento têm ajudado o setor, avalia o presidente da Fenaprevi, Edson Franco.
“Estamos em um ano de grande avanço regulatório”, diz o dirigente. Franco cita medidas como a adoção da adesão automática em planos previdenciários coletivos, respeitando a cláusula de saída; a possibilidade de o plano ser dado em garantia de empréstimos, mitigando a necessidade de resgates de recursos; o pagamento de rendas aos clientes de forma mais aderente às suas necessidades e desejos; bem como a escolha pelo regime de tributação no momento do primeiro resgate ou do benefício.
“As medidas têm como objetivo aumentar a proteção previdenciária e estimular a poupança de longo prazo”, afirma o presidente da Fenaprevi.