O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, reagiu à cobrança por celeridade na aprovação de medicamentos, feita nesta sexta-feira (23) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um evento no interior de São Paulo.
“O atual Governo Federal foi alertado que o número insuficiente de servidores traria impacto direto no cumprimento da missão da Agência, desde o Gabinete de Transição, logo após as eleições de 2022, quando os diretores da Anvisa foram convidados a expor e detalhar essa carência de pessoal, e quatro ofícios foram encaminhados, à época”, afirmou Barra Torres.
Mais cedo, em Hortolândia (SP), Lula afirmou que “não é possível o povo não poder comprar remédio porque a Anvisa não libera. Essa é uma demanda que nós vamos tentar resolver”.
Insatifação com agência reguladoras
Nas últimas semanas, o chefe do Executivo tem demonstrado insatisfação com outras agências reguladoras, chegando a dizer que elas foram capturadas por empresários no último governo.
“Com número insuficiente de trabalhadores e com tarefas de trabalho que só fazem crescer, o tempo para realização de tais tarefas, só pode se tornar mais longo. Aguardamos que essa situação seja, de fato e finalmente, resolvida”, destacou Barra Torres na carta divulgada hoje.
Para o diretor-presidente, a fala de Lula “entristece, agride, avilta e, acima de tudo, enfraquece a Anvisa”. “Necessário é que gestores públicos, responsáveis por gerar condições de trabalho, cumpram com seus deveres e não terceirizem suas próprias responsabilidades.”