O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, afirmou neste domingo (17) que a presidência rotativa do G20 do país africano será construída a partir das fundações “sólidas” construídas durante o comando do grupo pelo Brasil.
Ele destacou que há uma relação muito próxima com o Brasil: “Vamos observar, aprender e construir a partir daí”. A tributação dos super-ricos e a realização do G20 Social – iniciativa inédita da presidência brasileira – devem permanecer no comando do G20 pela África do Sul, que começa após a cúpula.
Em sua palestra no evento, Ramaphosa afirmou que a presidência sul-africana do G20 vai defender que haja preocupação dos países mais ricos em apoiar na transição energética dos países em desenvolvimento.
“Nós gostaríamos que as economias mais desenvolvidas foquem em como os países precisam mover em direção às energias renováveis, com treinamento de profissionais para novas funções, aprimoramento de competências em suas áreas e financiamento”, disse.
Ramaphosa defendeu uma transição justa em direção às energias renováveis, que levem em consideração as vidas de pessoas comuns, cujos empregos podem ser perdidos em setores como o de combustíveis fósseis. “Queremos uma transição justa. As oportunidades são enormes, mas precisamos garantir que há benefícios para todos”, afirmou.
Perguntado sobre a atual situação da negociação da declaração final dos líderes do G20, o presidente sul-africano disse que as negociações vão bem, a despeito da influência de questões geopolíticas, por exemplo.
“As negociações no G20 estão indo bem. Nosso pessoal está negociando, as discussões devem ir até tarde, mas tenho certeza que teremos um acordo. […] Há sempre questões, mas tenho certeza que vão encontrar solução”, disse.