Com a mudança no xadrez da disputa pela presidência da Câmara, a bancada do PL se reunirá na próxima segunda-feira para definir as condições que serão apresentadas para apoiar um dos nomes que pleiteiam a principal cadeira da Mesa Diretora da Casa. A eleição para escolher o sucessor do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ocorrerá em fevereiro de 2025.
Estão na corrida os líderes do União, Elmar Nascimento (BA), do PSD, Antonio Brito (BA), e do MDB, Isnaldo Bulhões (AL). Após a desistência de Marcos Pereira (Republicanos-SP), o líder do Republicanos na Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), assumiu a empreitada e já aparece como favorito a se tornar um candidato de consenso.
Segundo parlamentares do PL, a reunião definirá algumas prioridades que deverão ser assumidas como compromissos dos candidatos para garantir o apoio do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Além de querer o compromisso de pautar o projeto que anistia os manifestantes presos pelas invasões aos prédios dos três Poderes em 8 de janeiro, pretendem garantir que o próximo chefe do Legislativo não avance com nenhum tema relacionado à regulamentação das redes e combate às fake news.
Após a definição dos critérios, os deputados do PL devem apresentá-los aos postulantes.
Fontes da legenda avaliam que hoje Motta é quem reúne maiores chances de garantir o apoio do PL, apesar de sua entrada na disputa ter tido, na avaliação deles, dedo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Essa leitura reflete a expectativa de que Lira apoie o líder do Republicanos. O PL está comprometido a apoiar quem o atual presidente da Casa escolher apoiar para a sua sucessão.
Ontem, Motta esteve com Bolsonaro na casa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), primogênito do ex-presidente.
O paraibano se comprometeu a ter uma gestão independente, ouvindo os pleitos de governo e oposição, e a defender os interesses do Legislativo.