A Polícia Federal indiciou hoje o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques por impedir o deslocamento de eleitores durante o 2º turno das eleições de 2022. Os dois faziam parte da cúpula do governo do então presidente Jair Bolsonaro. Outros quatro policiais federais, que na época estavam cedidos ao Ministério da Justiça também foram indiciados.
Tanto Anderson Torres quanto Silvinei Vasques estiveram presos preventivamente por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Torres esteve preso de 14 de janeiro de 2023 a maio deste ano por suposta omissão nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Silvinei Vasques foi preso em agosto de 2023 e liberado no último dia 8 de agosto sob a suspeita de ter dificultado o trânsito de eleitores durante o segundo turno da eleição presidencial de 2022.
A assessoria de Anderson Torres disse ao Valor que o ex-ministro não foi avisado sobre o indiciamento. A defesa de Silvinei Vasquez foi procurada e ainda não se manifestou.