Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda leve e perto da estabilidade nesta quinta-feira (5), após chegarem a subir 2% durante o pregão com a confirmação de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) adiou para dezembro os planos de aumentar a produção, enquanto a demanda segue fraca.
A Opep diz, em comunicado, que seus membros concordaram em estender seus cortes voluntários adicionais de produção de 2,2 milhões de barris por dia por dois meses. Os cortes serão gradualmente suspensos a partir de dezembro, com a flexibilidade de pausar ou reverter os ajustes conforme necessário.
“No entanto, tal anúncio não é necessariamente favorável para os preços, pois o mercado pode apontar para a persistente e grande capacidade de produção excedente”, aponta o banco Julius Baer, em relatório.
Segundo o banco, o cenário geral não mudou. “A demanda está parcialmente estagnada, a produção cresce nas Américas e o mercado de petróleo provavelmente entrará em excesso de oferta no ano que vem”, diz. O Julius Baer vê os preços permanecendo em cerca de US$ 70 por barril no longo prazo.
Além disso, houve uma redução significativamente maior do que a esperada nos estoques de petróleo dos Estados Unidos. O Departamento de Energia (DoE) do país reportou queda de 6,9 milhões de barris na semana passada, ante projeção de baixa de 700 mil, refletindo importações menores, enquanto os estoques de gasolina aumentaram em meio a um declínio na demanda.