A Petrobras começou a testar voos com aeronaves não tripuladas para levar cargas a plataformas de petróleo em alto-mar. O primeiro voo percorreu cerca de 180 quilômetros entre Macaé, no litoral norte do Rio de Janeiro, e a plataforma P-51, na Bacia de Campos.
“Foi uma conquista resultado de trabalho em equipe que uniu Petrobras, iniciativa privada e autoridades governamentais para superar os desafios de aumentar a segurança das pessoas, reduzindo a exposição ao risco”, disse, em nota, o diretor de Comercialização e Logística da estatal, Claudio Schlosser.
“A iniciativa avança na descarbonização, pois as RPAs geram menos emissões que os helicópteros, agilizando operações e ampliando o período de atendimento logístico das demandas, já que as missões poderão ser realizadas no período noturno”, completou.
A operação foi acompanhada por órgãos governamentais como a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) e a NAV Brasil, que realiza serviços de navegação aérea.
Outros testes serão feitos antes que o serviço seja implantado regularmente. Neles, Petrobras, OMNI e órgãos governamentais avaliarão rotas, altitudes, procedimentos de subida e descida e compartilhamento do espaço com outras aeronaves.
“A expectativa é que os testes viabilizem voos de longo alcance entre o continente e plataformas, permitindo uma série de aplicações com essa tecnologia”, explicou a estatal, em nota.
A companhia já opera drones desde 2018, mas para serviços localizados, como inspeção de equipamentos industriais, pintura de plataformas e embarcações e outros trabalhos em altura, reduzindo a exposição humana a riscos.
A Petrobras é, hoje, a maior contratante de helicópteros do país, com voos que transportam pessoal e materiais a plataformas em alto-mar. Segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), a estatal opera 43 plataformas marítimas apenas nas bacias de Campos e Santos.