A Petrobras foi aceita em um programa da agência espacial americana, a Nasa, em parceria com a Organização Indiana de Pesquisa Espacial, para desenvolver e lançar, em 2025, um sistema de coleta de imagens voltado a monitorar o ambiente marinho e costeiro na Margem Equatorial.
As imagens da região entre Amapá-Pará-Maranhão serão utilizadas pela Petrobras no projeto Observatório Geoquímico Ambiental da Margem Equatorial Brasileira (ObMEQ), com início previsto para o próximo ano, desenvolvido no Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras (Cenpes), junto com institutos locais.
A tecnologia permitirá o mapeamento periódico de alterações como erosão e deposição de sedimentos na costa, correntes oceânicas, velocidades do vento, localização dos navios e até sinais de petróleo nas águas, informou a estatal em nota.
Segundo a Petrobras, a missão espacial medirá padrões de mudanças nos ecossistemas, superfícies e massas de gelo da Terra, fornecendo informações sobre biomassa, riscos naturais, aumento do nível do mar e águas subterrâneas. Também haverá destaque para os manguezais, ecossistema costeiro importante no contexto das alterações climáticas.
O satélite irá funcionar de maneira constante, com fonte própria de energia, e é capaz de mapear dados mesmo com pouca incidência de luz.
Conforme a Petrobras, o projeto irá disponibilizar informações atualizadas da Margem Equatorial para diversas áreas da empresa, além de órgãos ambientais. “A colaboração entre os cientistas brasileiros e da Nasa será uma importante contribuição à aquisição do conhecimento científico necessário para o monitoramento ambiental sistemático da zona costeira de manguezais ao longo da Margem Equatorial”, diz a companhia em nota.