Durante a coletiva de imprensa sobre as eleições municipais, na noite deste domingo (6), a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, afirmou que existia uma grande preocupação com as “mentiras digitalizadas” no pleito de 2024, entretanto, não aconteceu o que “era previsto” de um “super uso” de tecnologias como inteligência artificial na fabricação de “fake news”.
No entanto, ela disse que existe regulação para impedir o uso de notícias falsas e as “importunações eleitorais” que podem modificar votos às vésperas das eleições, mas afirmou que as normas podem ser aprimoradas.
A ministra atribuiu o controle das “fake news”, principalmente em relação às urnas, a fatores como apoio das plataformas, a regulamentação feita pelo TSE e as características das eleições municipais, em que existia o interesse mais personalizado do eleitor em transporte, escola e infraestrutura.
A ministra Cármen Lúcia lamentou que nenhuma mulher tenha sido eleita nas 11 prefeituras de capitais estaduais em que a eleição foi decidida no primeiro turno. “Acho uma pena e muito triste o desvalor que se atribui a nós mulheres”, disse.
A ministra complementou: “Fico triste em saber que, em uma cidade em que somos 52%, que sejamos tão poucas no cenário da participação política [sobre mulheres]”.
Cármen Lúcia disse que acha uma pena que os homens sejam os detentores de todo o poder porque este também é “um ônus enorme para ele [homem]”.
A presidente do TSE avaliou que o país teve, neste domingo, uma eleição com “sossego democrático”.
Ela defendeu que, como não há um sistema melhor que o democrático, é preciso cultivá-lo. “Estamos trabalhando e caminhando permanentemente para a democracia como normal. Voltamos a uma condição de não depreciar as instituições para romper com a normalidade democrática”, disse.
A ministra afirmou ainda, que o ue se “queria era uma eleição com sossego democrático”, e isso foi alcançado.