O subprefeito está sob investigação da Controladoria Geral do Município (CGM) desde julho por suspeita de atuação ilegal em ações de apreensão fora da região da Subprefeitura da Lapa. Assumirá o cargo Ana Carolina Nunes Lafemina, até então secretária-adjunta da Secretaria Municipal de Subprefeituras.
Questionado sobre a saída de Pepe, Nunes confirmou que sua decisão estava ligada à relação entre o agora ex-subprefeito e Rubinho Nunes, a quem chamou de “traidor”.
“Tem relação, apesar de eu não ter nenhuma objeção contra o subprefeito, é um subprefeito que gosto bastante, tenho bastante simpatia. Mas é uma questão do time. Se você tem essa contaminação de um traidor, de uma pessoa sem caráter, sem personalidade, que é o Rubinho Nunes, a gente precisa restabelecer as nossas relações com relação à participação dele no governo”, afirmou o prefeito e candidato à rádio CBN, durante agenda no bairro do Limão, nesta manhã.
Rubinho Nunes integrava a base aliada do prefeito na Câmara Municipal e seu partido, o União Brasil, compõe a coligação de Nunes. No sábado, o vereador publicou um vídeo em suas redes sociais ao lado de Marçal, um dos principais adversários do prefeito na campanha. Além de usar o boné com a inicial de Marçal, Rubinho se dirigiu a ele como o “próximo prefeito de São Paulo”.
No mesmo dia, o diretório municipal do União Brasil anunciou sanções ao vereador, como a sua retirada da propaganda eleitoral de rádio e TV e a suspensão de repasses do fundo eleitoral para a campanha dele. O partido disse ainda, que a expulsão dele do quadro da sigla será avaliada.
Ao Valor, no sábado, Rubinho disse respeitar o posicionamento do partido e minimizou as sanções impostas porque ele realmente acredita no projeto de Marçal para, nas suas palavras, “destravar São Paulo”.
