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Nunes ‘cola’ em Tarcísio e diz não saber quando Bolsonaro participará da sua campanha em São Paulo | Eleições 2024

Redação
por Redação

O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), reforçou a associação de sua imagem à do governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) resiste a fazer agendas com o postulante na capital paulista. Nunes disse ainda não saber quando Bolsonaro estará ao seu lado em campanha de rua nem quando gravará para a propaganda eleitoral.

“Eu não sei te dizer”, disse Nunes, ao ser questionado nesta quarta-feira (11) sobre quando fará um evento com o ex-presidente na capital paulista. “Não tem uma data.” Um dia antes, Bolsonaro esteve em Registro, no interior paulista, para participar de eventos de campanha de Renato Bolsonaro, seu irmão, acompanhado do vice de Nunes, coronel Mello Araújo (PL). No fim do mês passado, o ex-presidente fez um giro por cidades paulistas e também não veio à capital. Nunes minimizou a ausência e disse que o “importante” é estar com Tarcísio, “o maior representante do Bolsonaro aqui”.

Na semana passada, Tarcísio foi a Brasília conversar com Bolsonaro sobre o apoio a Nunes, depois de o ex-presidente ter alertado o governador sobre os riscos de desgaste político com uma eventual derrota o prefeito e em meio à migração de bolsonaristas à candidatura do influenciador Pablo Marçal (PRTB). Depois da conversa, interlocutores de Nunes tinham a expectativa de que Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) começassem nesta semana a participar mais ativamente da campanha do prefeito.

Nunes desconversou e disse que o ex-presidente “já participou bastante” da campanha. “Bolsonaro participou de toda a construção da coligação dos 12 partidos, participou da indicação do vice, participou da nossa convenção, fez vídeos de apoio”, disse o prefeito, depois de fazer uma rápida caminhada pelo comércio de Perus. “Vai ter o momento certo que ele vai vir. A questão de casar a agenda.”

Bolsonaro esteve na capital paulista no ato do 7 de setembro, mas não gravou para o programa de Nunes nem fez agenda com o prefeito. Nunes teve participação discreta e ficou praticamente escondido no mesmo carro de som que o ex-presidente na avenida Paulista, no ato marcado por críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e pela defesa de anistia aos envolvidos no ato contra a democracia de 8 de janeiro.

“É importante estar todo mundo junto. Pode ser que ele não venha para uma caminhada”, disse Nunes nesta quarta.

Ao lado do prefeito, Tarcísio disse que as parcerias entre a prefeitura e o governo do Estado têm “dado resultado” na cidade e defendeu Nunes. “Tem uma harmonia, essa harmonia dá certo, dá resultado e eu estou aqui para afiançar isso”, afirmou o governador.

Tarcísio evitou falar sobre a conversa que teve recentemente com Pablo Marçal. “Meu negócio é Nunes”, disse, ao dar entrevista.

Apesar do crescimento de Pablo Marçal em pesquisas de intenção de voto, o prefeito afirmou acreditar em um segundo turno entre ele e o candidato do Psol, Guilherme Boulos, apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Questionado se sua campanha trabalha com a possibilidade de um segundo turno com Marçal, disse ser “muito difícil” que o campo progressista fique de fora do segundo turno contra ele.

Em pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira, Nunes tem 24% das intenções de voto, seguido por Marçal, com 23% e Boulos, com 21%. Os três estão empatados dentro da margem de erro do levantamento, de três pontos percentuais. A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo SP-09084/2024 e foi feita com 1,2 mil pessoas entre os dias 8 e 10 de setembro.

Nunes e Tarcísio em caminhada pelo comércio da Vila Perus, zona noroeste da capital — Foto: Divulgação/MDB

Fonte: Externa

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