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Nossa palavra de ordem é crescer com qualidade, diz CEO do Itaú | Finanças

Redação
por Redação

O presidente do Itaú, Milton Maluhy Filho, disse nesta quarta-feira que a instituição não quer ter crescimento de poucos trimestres, mas de longo prazo. “Nossa palavra de ordem é crescer com qualidade, não queremos ter ciclo de curto prazo, com crescimento vertiginoso, e depois ficar dois, três anos explicando custo do crédito”, disse em evento com investidores.

Maluhy disse que não dá para falar de crescimento sem observar o cenário macroeconômico. “As carteiras de crédito têm correlação direta com o PIB. E temos que crescer de forma sustentável.” Ele afirmou ainda que continua confiante para o “guidance” (projeções) para o ano.

Ele também destacou que, com as informações disponíveis hoje, o banco acredita que fará mais um pagamento extraordinário de dividendos. “Prefiro ter pagamentos extraordinários recorrentes de dividendos do que definir ex-ante payout mais alto”, disse em evento com investidores.

Maluhy afirmou ainda que não quer um capital de 12% apenas “na foto”, mas sim nos próximos 12 meses. “A pior coisa é não ter capital no momento que precisa crescer.”

Ele afirmou ainda que há uma tendência de simplificar a discussão sobre competição entre incumbentes e digitais. Para ele, no entanto, essa não é a melhor forma de debater o tema.

Ele destacou que o Itaú está inserido em 19 países e tem “excelentes competidores em todos mercados de atuação”. “Teremos competidores novos que virão e nem conhecemos e isso faz parte da nossa jornada.”

De acordo com ele, o mais importante é estar preparado para competir. “E acho que nunca estivemos tão bem posicionados.”

Operações na América Latina

O responsável pelas áreas de Tesouraria e América Latina do Itaú, Pedro Lorenzini afirmou que, em termos de rentabilidade, as operações do banco no Chile já estão em “velocidade de cruzeiro, com retorno sobre o patrimônio (ROE) na casa de 16%.

No Uruguai e Paraguai, por sua vez, os ROEs seguem muito elevados, em torno de 38% e 30%, respectivamente. “Nosso maior desafio é na Colômbia”, disse em evento com investidores.

Ele afirmou que, no país, o ambiente macroeconômico dificulta a construção de uma operação mais eficiente e escalável, “Mas temos equipe qualificada”, completou.

Lorenzini afirmou que, embora haja diferenças entre os países, os desafios enfrentados em outros lugares da América Latina são parecidos com os apresentados pelo Brasil, e envolvem principalidade, cultura, eficiência e modernização. “Esperamos uma performance bastante consistente nos países em que operamos.”

Carlos Constantini, diretor responsável pela divisão de Wealth Management do Itaú, disse que os primeiros resultados do uso de inteligência artificial generativa (GenAI) para impulsionar os serviços de assessoria de investimentos “têm sido animadores”.

No evento com investidores, ele comentou que o banco desenvolveu importantes “peças” para assessoria e um orquestrador baseado em inteligência artificial tem capacidade de produzir uma “combinação poderosíssima para gerar assessoria turbinada”.

“Estamos trabalhando nisso e os primeiros resultados têm sido encorajadores.”

Constantini disse também que o Itaú tem ainda muita oportunidade de investimento em corretoras e a assets.

O presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho — Foto: Silvia Zamboni/Valor

Fonte: Externa

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