O CEO do BTG Pactual, Roberto Sallouti, disse há pouco que a “forte captação” do banco no primeiro trimestre, de R$ 64 bilhões, contribuiu para “a consistente expansão de ativos sob gestão”, mesmo em um cenário o macroeconômico desafiador. O portfólio de crédito cresce e o banco continua a ganhar participação de mercado, disse durante teleconferência com analistas sobre o balanço do primeiro trimestre.
Já Sallouti afirmou que o banco segue diversificando os produtos para esse público, mas ainda de forma conservadora e com pouco crédito sem garantia.
Um dos objetivos do BTG em 2024 é acelerar as concessões para pequenas e médias empresas, que devem crescer em ritmo acima da carteira total da instituição
Em relação à área de investimento, Cohn destacou que o mercado de ações continua a encontrar baixa atividade, com poucos “follow-ons”, mas que as emissões de dívida continuam a contribuir de maneira forte com as receitas.
No período, houve recorde de receita em fusões de aquisições (M&A) e maiores volumes em dívida. Sallouti acrescentou que “o pipeline segue forte e isso deve se sustentar ao longo do ano”.
Cohn também explicou que, no primeiro trimestre, o banco consolidou a receita de “Principal Investments” dentro da área “Sales & Trading” (tesouraria). Isso devido à natureza semelhante dos negócios e à baixa relevância de “Principal Investments” no total de receitas.
Sallouti iniciou sua fala expressando solidariedade com a situação do Rio Grande do Sul, afetado pelas fortes chuvas. Na semana passada, o banco doou R$ 20 milhões para o Estado.
Durante a teleconferência, Sallouti afirma também que, mesmo em um cenário macroeconômico desafiador, o banco continuará a entregar resultados e não há mudança nas perspectivas para o ano.
“O cenário de juros mais alto deixa os mercados mais desafiadores”, disse, acrescentando que isso afeta principalmente o mercado de ações, mas também as áreas de tesouraria e também a decisão de investidores de buscar crédito e investimentos de maior risco.
Ele acrescentou, no entanto, que o BTG tem um negócio diversificado, que permite uma adaptação a diferentes condições de mercado.
Questionado sobre o impacto da reforma tributária do consumo sobre a instituição, Sallouti afirmou que, por ora, a avaliação é que a de que o efeito deve ser mais ou menos neutro. “Mas ainda estamos analisando com Febraban, é cedo para ter certeza”, acrescentou.