(Reportagem foi atualizada para acrescentar informação da Casas Bahia)
Compras não entregues ou com atraso são os principais problemas apresentados pelos consumidores na Black Friday 2024, representando 39,8% das queixas até agora, conforme o balanço divulgado pelo Procon-SP nesta quinta-feira (28), véspera da data oficial da promoção.
Outros problemas frequentes envolveram entregas de produtos ou serviços diferentes do pedido, incompletos e/ou danificados, que representaram 13,8% das queixas, pedidos cancelados após finalização da compra (12%), maquiagem de descontos (10,5%) e indisponibilidade de produtos ou serviços anunciados na Black Friday, que gerou 8,9% das reclamações.
Sephora lidera lista das mais reclamadas
A lista de empresas mais reclamadas junto ao Procon-SP até o momento é liderada pelo grupo Dotcom, que representa a rede de cosméticos Sephora no Brasil, e motivou 6,6% das reclamações.
Em comunicado ao Valor, a Sephora disse que está ciente do ocorrido e que ampliou o prazo de entrega dos produtos adquiridos via e-commerce/aplicativo. A marca também afirmou que intensificou a atuação para sanar os problemas com o máximo de agilidade.
Na sequência da lista do Procon estão a varejista Magazine Luiza e empresas do grupo (Netshoes, Época Cosméticos e Magalupay), com 4,2% das queixas.
A lista traz ainda o Mercado Livre, em terceiro lugar, como alvo de 3,8% das queixas, seguido pelo grupo Casas Bahia (incluindo Ponto Frio e Extra.com.br), com 3,6% das reclamações. Em quinto lugar estão a operadora de telefonia móvel Claro e empresas do grupo (Net, Embratel e Nextel) com 2,9% das reclamações.
O Magazine Luiza respondeu, em comunicado ao Valor, que “reforça seu compromisso com a satisfação do cliente durante todo ano. Para garantir suporte completo aos consumidores, a companhia ampliou suas equipes de atendimento, que atuam de forma ininterrupta por telefone, chat, e-mail e redes sociais”.
Procurado pelo Valor, o grupo Casas Bahia informou, em nota, que “reafirma seu respeito aos clientes e sua atenção a todas as manifestações recebidas. Os casos mencionados no ranking representam uma parcela pequena em relação ao volume total de vendas no período e serão tratados de forma adequada. A companhia reforça seu compromisso em proporcionar a melhor experiência aos clientes.”
As empresas Mercado Livre e Claro não se posicionaram sobre o ranking até a publicação desta reportagem.
Fiscalização de preços e lojas físicas
As ações do Procon-SP na Black Friday deste ano também compreendem o monitoramento de preços de mais de 60 produtos em dez sites de comércio eletrônico, para identificar eventuais ofertas enganosas e fiscalizações presenciais.
Segundo o órgão de defesa do consumidor há equipes percorrendo estabelecimentos na capital, no interior e no litoral de São Paulo para verificar o cumprimento do Código de Defesa do Consumidor. (Colaborou Deborah Almeida, repórter que participa do Curso de Jornalismo do Valor, sob supervisão de Cynthia Malta)