O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, afirmou na noite desta terça-feira (13/8) que o movimento recente de maior desancoragem de expectativas “traz desconforto”. “E temos que atuar para combater isso”, complementou.
Ele também pontuou que, na ata e no comunicado da última reunião do Copom, quando por unanimidade os diretores mantiveram a Selic em 10,50% ao ano, “a gente falou um pouquinho dos movimentos das expectativas e dos movimentos da taxa de câmbio”.
“Caso se mostrem persistentes, [esses] impactos podem ser relevantes e serão devidamente incorporados pelo comitê, refletindo o fato de que, à medida que se tornam mais persistentes, têm maior impacto sobre a inflação”, comentou o diretor.
O diretor de Política Monetária do BC comentou que, ponderando os diferentes riscos, os demais diretores do BC “julgaram que [o balanço de risco] estava assimétrico, exigindo maior vigilância”.
Ele também exaltou a “coesão entre todos os membros” na última reunião do Copom. “Foi muito grande”, comentou. “Duas palavras a mais são importantes: coesão e compromisso com atingimento da meta”, disse durante a apresentação.
“E esse acompanhamento diligente, no meu entender, é essa data-dependence. É a visão de que o último Copom foi sobre o último Copom, ele não foi uma antecipação do próximo Copom”, falou Guillen no evento.
Ele também elogiou a implementação do modelo de meta contínua de inflação no Brasil. “Coloca muita segurança no regime”, elogiou.