O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou a delação premiada de Ronnie Lessa, policial militar reformado que é acusado de ser um dos executores do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.
O anúncio foi feito pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, em pronunciamento nesta terça-feira (19). Ele afirmou que a colaboração de Lessa “traz elementos importantíssimos, que nos levam a crer que brevemente nós teremos a solução do assassinato da vereadora Marielle Franco”.
O ministro destacou que o processo segue em segredo de Justiça e “está agora nas competentes mãos do ministro Alexandre de Moraes”. “Em breve, teremos os resultados daquilo que foi apurado pela competentíssima ação da Polícia Federal, que em um ano chegou a resultados concretos nessa investigação”.
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Moraes foi sorteado na sexta-feira (15) para relatar o inquérito sobre os mandantes do assassinato de Marielle e Anderson, executados a tiros em 14 de março de 2018, dentro do carro em que transitavam, na região central do Rio de Janeiro. A escolha foi feita por meio do sistema de distribuição eletrônica de processos.
A investigação estava no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e foi enviada ao STF no dia anterior, após ser identificado o possível envolvimento de uma pessoa com foro privilegiado (em questões criminais, cabe ao Supremo julgar pessoas com foro, como deputados federais e senadores).
Lewandowski destacou também “a participação do Ministério Público Federal e do Ministério Público Estadual” nas investigações. “As duas instituições, evidentemente, trabalharam dentro de suas atribuições, colaborando com a Polícia Federal”, disse o ministro (a PF é subordinada à pasta).