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Morte de fisioterapeuta durante voo: como viagens longas podem aumentar o risco de embolia pulmonar

Redação
por Redação

A fisioterapeuta Flávia Rezende, 45 anos, morreu durante um voo para Tóquio, no Japão. Segundo a família, ela ia ao país para turismo, mas teve uma embolia pulmonar durante a viagem.

Doenças vasculares, cardíacas e obesidade são fatores de risco. No entanto, o que os especialistas dizem é que uma condição em que a pessoa fica muitas horas sentada e pode colocar qualquer um em risco.

Flávia embarcou de Vitória, no Espírito Santo, para Tóquio, um percurso de mais de 30 horas, incluindo conexões.

O médico Carlos de Carvalho, diretor do departamento de pneumologia do InCor, reforça que viagens de dez horas, sejam elas de avião, ônibus ou carro, podem gerar risco à circulação sanguínea.

Carlos de Carvalho explica que, nesses casos, a circulação do sangue fica “represada” nos membros inferiores.

A embolia é o processo seguinte, que ocorre com o coágulo quando ele sai dessa região e chega aos pulmões.

👉 O pneumologista explica que, depois de horas, a pessoa pode se levantar e, com a pressão do sangue, o coágulo sobe. É nesse processo, que ocorre a embolia.

“O coágulo sobe, passa pelo coração e, quando chega aos pulmões, causa a embolia. Isso porque o pulmão tem veias muito finas, que acabam entupidas pelo coágulo. Quando isso acontece, é letal”, explica Carlos de Carvalho.

O médico explica que depende de condições de saúde, mas em períodos muito longos sentada, qualquer pessoa pode correr o risco.

“A partir do momento que fica sentado por muitas horas na mesma posição, com as pernas dobradas e dificultando a circulação, pode acontecer”, explica Carlos de Carvalho.

Ele orienta que as pessoas fiquem atentas a sinais como:

Segundo o médico, o recomendado é não passar mais de três horas na mesma posição, sem se movimentar.

Ele indica que, em aviões e ônibus, as pessoas levantem e se alonguem. Caso vá dormir, o ideal é que a pessoa acorde nessa janela de tempo para se alongar.

No caso de carro, em que não há espaço, marchar sentado é uma opção. No movimento, a batata da perna, onde estão as veias, se agitam e isso ajuda o sangue a subir.

Em voos e viagens longas, usar meias de compressão também é uma opção.

“Se a pessoa tem varizes, problemas de circulação, o ideal é que ela use meias de compressão. Essas meias são protetoras porque comprimem bem os vasos e impedem que criem coágulos”, explica.

No entanto, ele reforça que o ponto mais importante é consultar o médico antes de situações que coloquem a pessoa sentada por tantas horas.

Fonte: Externa

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