As moedas asiáticas devem ter um desempenho melhor do que as latino-americanas com a flexibilização monetária iminente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), segundo o BNP Paribas.
Por anos a fraqueza do iene e os juros baixíssimos do Japão estimularam a estratégia de tomar emprestado no país para investir em ativos de países como México e Brasil, onde os juros são muito mais altos do que na Ásia. Mas as incertezas políticas e fiscais na região e o fortalecimento do iene levaram a um desmonte global dessas posições.
Com os esperados cortes do Fed, um diferencial de juros mais favorável beneficiará a Ásia, principalmente o ringgit da Malásia e a rupia da Indonésia, disse o BNP.
Os exportadores dos mercados emergentes da Ásia acumularam grandes reservas em dólar e, como o Fed provavelmente cortará juros mais rápido do que os bancos centrais da região, eles devem aproveitar para converter esses dólares em ativos locais, explicaram os analistas.
Os exportadores da Malásia e da Tailândia já têm feito isso.
Mas a depreciação do dólar em relação às moedas asiáticas será volátil devido a fatores sazonais e à eleição nos EUA, acrescentou o banco.