Haus Mitre Alto Butantã tem vista para a Cidade Universitária da USP e proximidade com a Avenida Faria Lima.
” data-medium-file=”https://egobrasil.com/wp-content/uploads/2024/03/Mitre-desaba-16-Tenda-salta-10-o-que-explica-movimentos.jpg” data-large-file=”https://www.infomoney.com.br/wp-content/uploads/2019/12/IMA-MITRE-SAPETUBA-FACHADA-ALTA-8K.jpg?fit=778%2C1024&quality=70&strip=all”>
Diversas construtoras divulgaram seus balanços do quarto trimestre de 2023 (4T23) na véspera, mas duas empresas específicas se destacam, positiva e negativamente, na sessão pós-resultados.
Na ponta negativa, está a Mitre (MTRE3), que via suas ações caindo 16,35%, a R$ 4,81, às 15h50 (horário de Brasília) desta sexta-feira (15). Na ponta positiva, por sua vez, está a Tenda (TEND3), com salto de 10,69%, a R$ 12,01, no mesmo horário.
Para a Mitre, a redução das margens, queda no lucro e endividamento elevado desagradaram os investidores, repercutindo negativamente nas ações.
Na noite de quinta-feira, a Mitre divulgou que o seu lucro líquido ajustado ficou em R$ 9,9 milhões no quarto trimestre de 2023, uma queda de 47,6% na comparação com igual período do ano anterior. E embora a receita líquida tenha crescido 5,8% no período, a margem bruta da construtora recuou 6,9 pontos percentuais, para 19,5%.
Na avaliação dos analistas do Bradesco BBI, os resultados foram mistos, mas destacou o endividamento da empresa. “Os números foram adequados, com o balanço permanecendo pressionado (relação dívida líquida/patrimônio líquido de 44%).”
A dívida da Mitre terminou o ano em R$ 276,8 milhões, uma leve alta de 0,2% na comparação com igual período de 2022. No entanto, o indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/patrimônio líquido, ficou em 44,4%, alta de 17,6 p.p. ante 2022.
A Genial Investimentos tem uma visão neutra para a ação. De um lado, pesa a queda de caixa da empresa, que no trimestre foi compensada pela venda de participações, mas os analistas destacam o início do processo de desalavancagem.
Tenda em disparada
Já a visão dos analistas para a disparada da Tenda (TEND3) é que a construtora continua a trajetória de recuperação, com a operação tradicional, excluído a Alea, atingindo o ponto de equilíbrio (break-even). A receita líquida cresceu 20% no trimestre, embora tenha sido 4% menor do que o trimestre anterior.
A margem bruta consolidada foi de 22,2%, com aumento de 11,3 pontos percentuais (pp) em base anual e 0,5 pp no trimestre, ficando 3,2 pp abaixo de nossas estimativas e do consenso. Por fim, o prejuízo de R$ 20 milhões, foi menor do que os –R$ 24 milhões no 3T23 e dos –R$ 155 milhões no 4T22. Assim, em 2023, o prejuízo acumulado foi de R$ 96 milhões, marginalmente pior do que os analistas do BBI esperavam. Desta forma, o ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) dos últimos 12 meses foi negativo em 12,2%.
“Em geral, vemos tendências positivas, com recuperação das margens e significante queda da alavancagem ao longo do tempo. Além disso, novas mudanças no programa Minha Casa Minha Vida podem afetar os números do 2S24, o que beneficiaria a operação da Tenda”, aponta o BBI, mantendo recomendação de compra, pois vê uma assimetria positiva para TEND3, com o múltiplo de preço sobre lucro (P/L) negociando a 4,3 vezes estimados para 2025.
A XP, por sua vez, apontou ter uma avaliação mista dos resultados da Tenda, com base em seu lucro líquido pressionado, embora celebre a recuperação gradual da lucratividade do segmento Tenda. A casa mantém recomendação neutra para TEND3 e preço alvo de R$ 11 por ação.
The post Mitre desaba 16%, Tenda salta 10%: o que explica movimentos extremos após balanços? appeared first on InfoMoney.