O Ministério da Saúde anunciou a distribuição de mais 991,3 mil doses da quinta remessa de vacinas contra a dengue.
Para a proteção completa contra a dengue, o imunizante, hoje incorporado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é administrado em duas doses. A vacina Qdenga é da empresa japonesa Takeda e recebeu a pré-qualificação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo a pasta, o Brasil comprou todo o estoque disponível de vacina da dengue disponível no mercado internacional. O total de doses disponibilizadas chega a 6,5 milhões para 2024 e 9 milhões para 2025.
Devido à capacidade limitada de produção do laboratório, as doses estão sendo entregues em parcelas. Com a quinta remessa, serão 3,6 milhões de doses distribuídas aos Estados e municípios. Até a terça-feira (28), 1,1 milhão de doses já haviam sido aplicadas.
De acordo com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, a baixa adesão à vacina tem relação com o público mais jovem, que não costuma “frequentar os serviços de saúde rotineiramente e, por isso, os pais e responsáveis precisam levar as crianças e adolescentes para se vacinar”.
A faixa etária foi escolhida, dentro da indicada pelo laboratório para receber a vacina – de 5 a 60 anos – por ser um público com maior número de hospitalizações por dengue. O Brasil tinha, até esta quinta-feira (30), 5,47 milhões de casos prováveis e 3.254 mortes pela da doença.
Além da Qdenga, está em produção pelo Instituto Butantan uma vacina brasileira, em fase final de testes. Em declaração feita em janeiro, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de São Paulo afirmou que a previsão é que a vacina fique pronta em setembro e que seja entregue em 2025.
A última fase de testes da vacina brasileira mostrou uma eficácia geral de 79,5% na prevenção da doença após uma única dose, de acordo com estudo disponível no periódico “The New England Journal of Medicine”, uma das principais publicações médicas do mundo.