O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou há poucos minutos no Rio Grande do Sul, onde foi recebido pelo governador Eduardo Leite (PSDB). Dessa vez, Lula foi acompanhado dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e da primeira-dama, Rosângela da Silva (Janja). É a segunda visita de Lula à região desde o início das enchentes.
Lula volta ao Estado num momento em que perfis ligados ao bolsonarismo nas redes sociais disseminam notícias falsas de que o governo federal teria financiado o megashow da Madonna na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, neste sábado, com recursos da Lei Rouanet que poderiam ser destinados às vítimas das enchentes gaúchas.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, e outros ministros, tiveram de divulgar desmentidos nas redes sociais, esclarecendo que o evento foi pago por empresas privadas, com apoio dos governos do Estado do Rio de Janeiro e da Prefeitura do Rio, e reverteu em milhões de reais para o turismo no Estado.
Segundo notícias desta manhã da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 66 mortes foram confirmadas em razão dos temporais, e mais 6 estão em investigação. Há pelo menos 101 desaparecidos e 155 pessoas feridas, e mais de 95 mil desalojados. Ao todo, 332 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 707 mil pessoas.
O governador decretou estado de calamidade pública para viabilizar o trâmite mais acelerado do envio de recursos federais para o Estado. A situação ainda é alarmante, o nível do rio Guaíba que inundou regiões de Porto Alegre pode subir ainda mais, e a Defesa Civil colocou a maior parte das bacias hidrográficas com risco de elevação das águas acima da cota de inundação.