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Lessa entrega à polícia nomes de testemunha para provar proximidade com irmãos Brazão | Política

Redação
por Redação

Em anotações entregues à Polícia Federal, o ex-policial militar Ronnie Lessa indicou uma lista de pessoas a serem ouvidas como testemunhas e fez sugestões de perguntas para tentar comprovar as informações prestadas em seu acordo de delação premiada, em especial a sua ligação com os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão.

“Arrolar como testemunhas para confirmarem a presença constante e longínqua de ao menos quatro personagens em um ambiente em comum: Ronnie, Macalé, Domingos e Chiquinho”, escreveu Lessa em anotações feitas à mão.

Nesta sexta-feira (7), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo de parte da delação de Lessa, assassino confesso do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. Na colaboração, ele apontou os irmãos Brazão como mandantes do crime. Em um dos anexos do acordo, Lessa relata que foi sondado para assinar uma procuração em que se comprometia a dizer que não tinha relação com os irmãos. Segundo o ex-policial, ele recusou a oferta.

Segundo Lessa, o elo em comum entre os quatro seria “Santiago Gordo”, que organizava reuniões com “passarinheiros”, que são criadores de pássaros, em um haras próximo a uma propriedade dos Brazão. Ainda de acordo com ele, todos se conhecem há pelo menos 23 anos, frequentavam o mesmo endereço e exerciam o mesmo hobby.

“A intenção é que as testemunhas afirmem com clareza que todos os quatro eram amigos de Santiago Gordo e, principalmente, frequentadores assíduos do local”, diz Lessa.

Entre as testemunhas sugeridas, está a viúva de Santiago, identificado como Santiago José Geraldo, e um funcionário chamado Carlinhos.

Os Brazão negam ter relação com Lessa. Antevendo essa possibilidade, o ex-policial diz que “muito provavelmente os irmãos negarão nos conhecer”. Porém, acrescenta, “os depoimentos das testemunhas os desmentirão”.

Entre as perguntas, Lessa sugere que seja indagado se as testemunhas o conhecem e conhecem Domingos e Chiquinho, além de questionamentos sobre a casa de Santiago e suas características, como o cachorro que ficava na residência.

Domingos Brazão, então deputado estadual pelo MDB, na Assembleia Legislativa do Rio, em 2013 — Foto: 19/12/2013

Fonte: Externa

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