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Japão: Banco central sobe taxa referencial de juros em 0,25 ponto percentual, para 0,5% | Finanças

Redação
por Redação

O Banco do Japão (BoJ, o banco central) decidiu nesta sexta-feira (24) implementar o terceiro aumento na taxa referencial de juros em um ano ao elevá-la em 0,25 ponto percentual, para 0,5% ao ano. O banco central tenta encontrar um equilíbrio delicado entre apoiar a economia doméstica e impedir que o iene enfraqueça ainda mais em relação ao dólar.

Em 0,5%, a taxa de juros está agora em um nível não visto desde outubro de 2008, um mês antes da eclosão da grande crise financeira global.

A última vez que a taxa de juros excedeu 0,5% foi em 1995, e Ueda demonstrou cautela significativa em relação ao aumento, mesmo que a política de juros baixos do BoJ tenha deixado o iene perto do maior nível de desvalorização em 38 anos (160 ienes por dólar).

Olhando para o futuro, espera-se que o BoJ prossiga com ainda mais cautela, pois pondera novos movimentos em direção à normalização da política. Em comunicado, o banco central disse que “elevará os juros ainda mais se a economia e os preços se desenvolverem em linha com as projeções do banco central”.

O rendimento dos títulos do governo japonês de dois anos, em torno de 0,7%, indica que o mercado só precificou mais um aumento de taxa, para 0,75%, nos próximos dois anos, embora a maioria dos economistas de mercado esteja prevendo que a taxa básica de juros provavelmente será elevada para 1,0% até meados de 2026.

O BoJ divulgou separadamente suas projeções econômicas para o ano fiscal de 2026. A inflação básica agora está projetada em 2,4% para o ano fiscal de 2025, contra 1,9% há três meses, e em 2,0% para o ano fiscal de 2026 contra 1,9%. Para o atual ano fiscal que termina em março, o núcleo da inflação (sem alimentos frescos) é estimada em 2,7% contra 2,5%.

O núcleo da inflação em dezembro em relação ao ano anterior, que foi anunciada horas antes da decisão do BoJ, registrou 3,0%, marcando o ritmo anual mais rápido em 16 meses.

O aumento nos juros nesta sexta-feira ocorre à medida que crescem as expectativas de que os salários crescerão pelo terceiro ano consecutivo. Grandes empresas e sindicatos começaram as negociações salariais anuais em 22 de janeiro. A primeira tabulação dos acordos será relatada em meados de março.

Mas as incertezas permanecem. A economia da China, apesar das medidas de estímulo do governo, permanece lenta, prejudicando a demanda por exportações japonesas, como automóveis e máquinas-ferramentas.

A economia dos Estados Unidos, um motor de crescimento para a economia global, também está se preparando para grandes mudanças sob a presidência de Donald Trump, que tem ameaçado impor tarifas à China, México e Canadá, bem como uma taxa universal sobre todas as importações, uma medida que pode desacelerar o comércio global.

Fonte: Externa

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