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Instituto lança campanha para empresas destinarem 1% do lucro líquido à filantropia | ESG

Redação
por Redação

Nesta quinta-feira (07), o Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS) em parceria com o Instituto MOL anunciará uma nova campanha para estimular a doação de recursos a causas socioambientais pelo setor privado. O objetivo é que empresas se comprometam publicamente a direcionar 1% de seu lucro líquido à filantropia.

“Comprovadamente sabemos que a filantropia corporativa gera benefícios internos, como engajamento de colaboradores, e também externos, a fornecedores e à sociedade. Por isso, queremos promover essa prática e mover o ponteiro da doação corporativa”, comenta Paula Fabiani, CEO do IDIS. Ela cita que há uma grande discrepância entre o investimento social corporativo (R$ 4,26 bilhões, segundo dados do estudo do BISC – Benchmarking do Investimento Social Corporativo) e as doações individuais, de pessoas físicas (R$ 12,8 bilhões, de acordo com a Pesquisa Doação Brasil), ambos dados de 2022. Isso ilustra que há espaço para as empresas ampliarem suas doações.

O lançamento oficial da iniciativa será no 13º Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, em 4 de setembro. Na ocasião também serão também apresentadas as empresas signatárias, mas o IDIS adiantou ao Valor a lista de confirmadas até o momento: Cyrela, PwC, RD Saúde, fama re.capital, Pantys, TozziniFreire Advogados e MOL Impacto. Outras seis organizações que já estão com o processo de adesão em fase avançada. “Acredito no poder das próprias signatárias em atrair mais interessadas”, diz Fabiani.

Paula Fabiani, CEO do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS): benefícios da doação corporativa também reverberam entre funcionários — Foto: IDIS/ Divulgação

Segundo a CEO da IDIS, as empresas são livres para escolher em quais áreas e projetos alocar o recurso, mas terão de comprovar o investimento para continuarem na iniciativa. “Também pedimos que a adesão ao Compromisso 1% esteja no site da companhia, como forma de mostrar ao público o comprometimento, e pedimos uma carta assinada da liderança da empresa para se tornar signatária”, conta.

A executiva detalha que não será considerada filantropia corporativa os projetos incentivados e os investimentos obrigatórios das empresas, como os Termos de Ajustamento de Conduta (TAC).

O objetivo é atrair empresas de capital aberto e empresas familiares, inclusive as de menor porte.

A cada dois anos será feito um pente fino para ver se as signatárias estão cumprindo o combinado. “Quem não estiver, pode ser convidada a sair do movimento”, diz Fabiani.

O IDIS vai ainda divulgar em seus canais informações e guias gratuitos para auxiliar as companhias no processo de seleção de projetos e mensuração de impacto. A organização presta serviços de consultoria e análise de retorno social para famílias, fundos de investimentos e filantropos.

A CEO do IDIS conta que o principal obstáculo é o volume de recursos. “Para grandes empresas, 1% é um valor significativo. Mas isso também permite que os executivos validem com seus acionistas o engajamento nas causas, o que fortalece o movimento e a adesão, mesmo com eventuais trocas da liderança ao longo dos anos”, comenta.

Apesar de o movimento Pledge 1% ser o mais conhecido, um benchmark para o Brasil é o da Índia, que obrigada – por lei de responsabilidade social corporativa – a filantropia pelas empresas acima de certo porte. Elas precisam investir ao menos 2% de seus lucros líquidos em iniciativas sociais.

Rodrigo Pipponzi, cofundador do Instituto MOL, parceiro no 'Compromisso 1%' — Foto: Instituto MOL/ Divulgação
Rodrigo Pipponzi, cofundador do Instituto MOL, parceiro no ‘Compromisso 1%’ — Foto: Instituto MOL/ Divulgação

Fonte: Externa

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