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Indústria carece de informação e recursos para adotar IA, diz pesquisa da Fiesp | Empresas

Redação
por Redação

O interesse da indústria na inteligência artificial (IA) generativa é alto, mas faltam recursos e conhecimento para que o setor acelere a adoção da tecnologia, segundo uma sondagem feita entre junho e julho pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) com 304 empresas paulistas.

Aplicações de IA generativa em automação de processos e assistentes virtuais são os temas mais familiares para 65,1% e 50,9% das indústrias, respectivamente, enquanto 35,8% conhecem o uso da IA generativa em pesquisas pessoais e 34%, em aplicações de visão computacional.

Da amostra pesquisada entre junho e julho, 62,8% são indústrias de pequeno porte, com até 99 funcionários, 31,1% de porte médio (de 100 a 499 funcionários) e 6,1% de grande porte, com mais de 500 funcionários.

A IA generativa é adotada por 6,8% das indústrias pesquisadas em ao menos uma área de negócios. Neste grupo, as aplicações mais frequentes são de automação de fluxos de trabalho (12,3%) e a tecnologia é usada com mais frequência nas áreas de marketing (17,7%), tecnologia (14,6%) e vendas (9%).

Entre as empresas que ainda não adotaram a IA generativa, 15,5% estão testando a tecnologia. Um grupo maior, de 60,1% das indústrias, ainda não iniciou testes da tecnologia, mas pretende implementar aplicações de IA. A maioria (72,3%) prevê que essa adoção ocorra em mais de um ano e 24,9% estimam um prazo menor, entre seis meses e um ano.

Na parcela de 22,3% das indústrias pesquisadas, que já adotam ou testam ferramentas de IA generativa, os principais benefícios observados são economia de tempo em execução de tarefas (56,1%), aumento de produtividade (45,5% ) e redução de custos (22,7%), aponta a sondagem.

Desenvolver aplicações de IA generativa internamente foi a opção adotada por 42,4% dos participantes que adotam ou testam a tecnologia. Já 33,3% desses respondentes compraram ferramentas de terceiros adaptadas às suas necessidades e outros 33,3% optaram por ferramentas prontas.

Para investir na adoção da IA generativa, 48,7% das indústrias disseram que buscarão suporte financeiro junto a bancos de desenvolvimento e agências de fomento, enquanto 32,6% apostam em chamadas públicas de incentivo à inovação e 28,9% devem recorrer a bancos comerciais.

Em relação ao apoio técnico para desenvolver projetos de IA generativa, 48,4% das indústrias devem recorrer a consultorias especializadas, 45,1% ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e 42,4% a programas de capacitação de mão de obra.

A adoção da IA generativa também traz preocupações ao setor. Os principais riscos apontados pelos pesquisados são violação da privacidade (43,8%), dependência tecnológica (42,8%), desinformação (39,1%), falta de transparência (27,6%) e viés do algoritmo (26%).

Já 17,6% das indústrias pesquisadas responderam que não usam e não pretendem adotar ferramentas de IA generativa. Neste grupo, os principais argumentos citados foram não entender como a IA pode ajudar o negócio — resposta mais frequente entre empresas de pequeno porte. Já entre as médias e grandes indústrias, a opção por não adotar a IA generativa se deve principalmente a incertezas quanto à tecnologia e à sua integração aos sistemas atuais.

Outros motivos mais citados pelo grupo que não pretende abraçar a IA generativa foram falta de infraestrutura adequada (32,7%), não acreditar que a tecnologia seja necessária (30,8%) e falta de capacitação técnica (28,8%).

Ilustração de uma rede formada por chip para IA — Foto: Pixabay

Fonte: Externa

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