A Europa comprou uma quantidade recorde de gás natural liquefeito (GNL) da Rússia no ano passado, segundo dados da Rystad Energy, divulgados nesta quinta-feira (9). Isso apesar dos esforços da União Europeia (UE) para abandonar os combustíveis fósseis que financiam o governo russo.
Além disso, a Europa trouxe 49,5 bilhões de metros cúbicos (bcm) de gás russo por gasodutos, e mais 24,2 bcm na forma líquida a frio por navios em 2024. Parte do GNL pode ter sido revendida para outros países.
O analista de gás da Rystad Energy, Jan-Eric Fähnrich, informou que os fluxos de GNL não só estavam em ascensão, mas “em níveis recordes”.
A Europa reduziu drasticamente suas vastas importações de gás russo por pipeline desde o início da guerra na Ucrânia, mas tem comprado cada vez mais remessas de GNL de vários países, incluindo a Rússia. No ano passado, o continente ultrapassou o Catar como o segundo maior fornecedor de GNL da Europa, atrás dos Estados Unidos.
Os números foram revelados poucos dias depois de a Ucrânia ter interrompido os fluxos de gás russo por seus gasodutos, encerrando uma rota energética da era soviética que havia sobrevivido a três anos de guerra em grande escala entre os vizinhos.