Nesse tema, Picchetti disse que o modelo de equilíbrio geral do Banco Central, o Samba, “é normalmente usado para fazer política monetária, mas foi estendido para incorporar variáveis de clima”. O diretor explicou que há um custo de transição, como investimento em fontes de energia limpa, e custos de não transição, que impactam no aumento de custo de energia elétrica, por exemplo.
“Como no Brasil a gente usa muita energia hídrica, se o clima impõe, por exemplo, uma falta de água nos reservatórios, como a gente infelizmente está vendo acontecer agora em função da seca principalmente nas regiões Norte e Nordeste, a gente tem aí um aumento da tarifa de energia elétrica”, disse. “A Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica] já anunciou que vai ter aumento em setembro, e, portanto, você tem um custo de não transição também que acontece no curto, médio e longo prazo.”