Mesmo sem reconhecer Nicolás Maduro como o vencedor das eleições presidenciais de julho de 2024 na Venezuela, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará representado na cerimônia de posse, marcada para o próximo dia 10.
Segundo explicou um importante integrante do governo brasileiro, a presença da embaixadora do Brasil na posse se justifica pelo fato de as relações com a Venezuela não terem sido rompidas.
A vitória de Maduro, declarada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país caribenho, até o momento não foi comprovada com a apresentação dos boletins de urna. A oposição venezuelana alega que o vencedor foi Edmundo González, que fugiu para a Espanha, para não ser preso.
Hoje, vários países latino-americanos, entre os quais Argentina e Peru, consideram que González venceu a eleição e, por isso, deveria tomar posse. Outras nações da região, como Brasil, México e Colômbia, já avisaram que ainda aguardam documentos que comprovem a vitória de Maduro.
Embora Maduro tenha feito críticas agressivas à diplomacia brasileira, o governo Lula optou por não romper as relações e manter Glivânia Oliveira em Caracas. A ideia é não interromper o diálogo com autoridades venezuelanas, tendo em vista os interesses em um país com mais de 2 mil quilômetros de fronteira com o Brasil.