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Fala de Trump confirma prognósticos pessimistas sobre tempos desafiadores que virão, diz Marina Silva | Brasil

Redação
por Redação

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, reagiu nesta segunda-feira (20) ao duro discurso do novo presidente dos EUA, Donald Trump, durante a solenidade de posse, com ataques à política de transição energética e combate às mudanças climáticas.

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Marina avalia que Trump, ao defender a retomada da perfuração de poços de petróleo e do consumo de combustíveis fósseis, vai contra a “política guiada pelas evidências trazidas pela ciência e do bom senso imposto pela realidade dos eventos climáticos extremos” que atingem os próprios Estados Unidos.

“Embora fosse algo já esperado, pelo que defendeu na campanha presidencial, vejo com enorme preocupação o anúncio de que o presidente pretende acabar com o Green New Deal, tirar os EUA do Acordo de Paris, retomar a indústria automotiva norte-americana sem dar prioridade para carros elétricos e valorizar o uso de combustíveis fósseis”, registrou a ministra, ao se referir ao rompimento com o acordo internacional.

Na nota, a ministra ressalta que o apoio dado pela administração anterior à energia renovável e à industrialização “verde” contaram com o apoio dos republicanos no Congresso. Ao contrário do que Trump alega, ela disse que a iniciativa de “reestruturar a matriz energética e reduzir o custo da energia, foram concebidos para criar empregos e aumentar a segurança energética do país”.

Ainda sobre o Acordo de Paris, Marina ressalta que os EUA são o segundo maior emissor global de gases de efeito estufa e, por isso, têm “grandes e inadiáveis responsabilidade a cumprir”.

Para a ministra, nem a própria população dos EUA aceitará qualquer omissão, pois enfrenta no cotidiano os efeitos da emergência climática.

Por fim, Marina diz que resta trabalhar para que a governança climática “crie anteparos para evitar avanços da força gravitacional negacionista”. Ela avalia que, atualmente, a instância internacional de decisão está “mais madura e robusta do que no primeiro governo Trump”.

Na visão da ministra, outro aspecto positivo que poderá frear as medidas de Trump seria o modelo federativo dos EUA, que “dá liberdade para que os Estados adotem suas próprias medidas e assumam compromissos climáticos”.

“Serão tempos desafiadores para o mundo inteiro. Resta enfrentá-los com informação, compromisso com a vida e capacidade de negociação política”, conclui Marina, em nota oficial divulgada pelo ministério.

Segundo Marina Silva, após o discurso de posse de Donald Trump, resta trabalhar para que a governança climática “crie anteparos para evitar avanços da força gravitacional negacionista”. — Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo

Fonte: Externa

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