O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta terça-feira (9), que o acordo comercial entre o Mercosul e União Europeia está pendente apenas de um entendimento entre os países europeus. Segundo ele, está “tudo acordado” e “pronto” do lado sul-americano. Nesse sentido, o presidente jogou a responsabilidade sobre a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
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Lula afirmou que o acordo entre Mercosul e União Europeia é importante para que o bloco sul-americano possa se tornar mais forte e, desta forma, comece a negociar com outros países. Na avaliação do presidente, com isso “funcionando”, o crescimento virtuoso vai voltar para a América do Sul.
“Nós pretendemos que o bloco seja mais forte para podermos negociar com outros países. Acho que a gente tem muita coisa para fazer com a Bolívia, na produção de energia limpa, na exploração do lítio, então estou otimista porque fizemos bons acordos. As coisas precisam, agora, funcionar para que a gente possa voltar a ter crescimento virtuoso na América do Sul”, disse Lula, em entrevista coletiva, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, onde cumpre uma série de agendas.
Lula mandou o recado à União Europeia ao participar do Encerramento do Fórum Empresarial Bolívia-Brasil, realizado hoje em Santa Cruz de La Sierra. Em seguida, Lula destacou a importância do Brics, como é conhecido a organização formada por países de economias emergentes, como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Na avaliação do presidente, esses países representam o Sul global e merecem “respeito” por prover alimentação ao restante do mundo. “Os Brics representam, agora, o Sul global pelo que a gente representa. Nós precisamos nos fazer respeitar pelas coisas que nós podemos oferecer. Quem quiser mais alimentos, é neste continente que podemos oferecer. Ninguém pode falar que a carne da América do Sul é ruim, que a carne do Brasil é ruim, que a carne da Bolívia é ruim”, disse.
Por fim, Lula minimizou as críticas sobre o fato de as commodities serem o principal ativo de exportação dos países da América do Sul. “Ninguém pode falar que a América do Sul só exporta commodities. Tem que parar com essa disputa pequena entre commodities e manufaturados”, complementou.