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Entenda o projeto de lei que isenta funcionários aposentados de recolher FGTS e INSS | Política

Redação
por Redação

Um projeto de lei em tramitação no Senado Federal poderá isentar trabalhadores aposentados, que continuam no mercado de trabalho, do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e da contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A proposta foi aprovada nesta terça-feira (06) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e segue, agora, para o plenário.

Empresas com até dez funcionários, por exemplo, ficarão limitadas a um trabalhador aposentado. De 11 até 20 empregados, o limite será de dois aposentados. A partir de 21 colaboradores, a firma deverá obedecer a regra de 5% do quadro.

Na revogação do contrato com aposentados, além disso, as empresas ficam isentas do recolhimento do FGTS referente ao mês da rescisão e ao anterior, assim como a indenização de 40% dos depósitos realizados durante a vigência do contrato.

O empregador é obrigado a recolher para o FGTS o correspondente a 8% do salário bruto do empregado e depositar mensalmente em uma conta vinculada ao trabalhador.

O projeto que está em tramitação no Senado também prevê a criação de um cadastro de vagas específico no Sistema Nacional de Emprego (Sine) para aposentados.

No caso a contribuição previdenciária, o projeto prevê isenção de contribuição do empregador e funcionário aposentado. Atualmente, trabalhadores aposentados que continuam no mercado de trabalho ainda precisam cumprir com certas obrigações previdenciárias e de FGTS.

São obrigados, por exemplo, a contribuir para o INSS, apesar de já receberem aposentadoria e não ser possível elevar o valor do benefício com as novas contribuições.

Os aposentados chegaram a entrar na Justiça contra o INSS para que os benefícios fossem recalculados considerando as novas contribuições, o que ficou conhecido como “desaposentação”, mas a matéria não prosperou. A alíquota de contribuição é a mesma aplicada aos demais trabalhadores, calculada sobre o salário bruto, variando entre 7,5% e 14%, conforme a faixa salarial.

O tema é visto com resistência no governo federal sob a ótica de que causará um impacto fiscal significativo. Líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) registro voto contrário na CAE. Durante a tramitação no colegiado, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) projetou um impacto próximo a R$ 80 bilhões e pontuou que os aposentados contam com baixo índice de desemprego.

“O segundo ponto que a gente precisa lembrar é que este público tem um desemprego de 3% e nós estamos gastando, tendo uma despesa que não está prevista de onde vai sair, de quase R$80 bilhões, o que coloca por terra todo o esforço de equilíbrio fiscal”, declarou Carvalho.

No dia 18 de junho, foi aprovado um requerimento para o adiamento da discussão para dar tempo à Receita Federal de enviar um estudo com os impactos da proposta, mas, até o dia da votação, o documento não foi enviado. Jaques Wagner afirmou que o levantamento será entregue em até dez dias.

Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado — Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

Fonte: Externa

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