Após serem adiadas por causa das enchentes no Rio Grande do Sul, as provas do Concurso Nacional Unificado (CNU), conhecido como “Enem dos Concursos”, serão aplicadas neste domingo (18) em 228 municípios. Serão mais de 2,1 milhões candidatos disputando 6.640 vagas para 21 órgãos da administração pública federal.
Na reta final para o concurso, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) informa que toda a logística está pronta para garantir a segurança necessária para realização do maior concurso já feito no país.
“Minha dica é que os candidatos organizem sua logística pessoal porque, da parte do MGI, estamos fazendo todo o possível para eles terem a estrutura e a segurança necessárias para chegarem lá e fazerem o seu melhor. É preciso acessar o cartão de confirmação para checar onde vai fazer a prova, chegar cedo e levar principalmente calma para fazer uma boa prova”, recomendou o coordenador-geral de Logística do CPNU, Alexandre Retamal.
Por que “Enem dos Concursos”
O concurso unificado foi anunciado no ano passado e logo ganhou o apelido de Enem dos Concursos, por adotar um formato semelhante ao do Exame Nacional do Ensino Médio, pelo qual candidatos podem concorrer a vagas em diversas universidades por meio de uma única prova.
No caso do concurso público, a prova a ser aplicada neste domingo será a porta de entrada para vagas em diversos órgãos públicos.
O processo seletivo foi dividido em 8 blocos para facilitar a inscrição dos candidatos nos cargos desejados. Dos blocos 1 ao 7 estão as vagas de nível superior, enquanto o bloco 8 concentra os cargos de nível médio.
A prova será dividida em dois turnos. Pela manhã, os portões abriram às 7h30 e fecharam às 8h30 e a prova começa às 9h. Durante a tarde, os portões abrem às 13h, fecham às 14h e a prova começa às 14h30.
Segundo o MGI, o tempo mínimo de permanência nos locais de provas é de duas horas em cada turno, caso o candidato saia antes do período estabelecido, será eliminado do certame.
O MGI destaca, ainda, que os candidatos não poderão levar o caderno de provas, em nenhum dos turnos. Quem aguardar até os últimos 30 minutos de prova, receberá uma folha, que poderá ser levada para casa, para anotar suas respostas.
Para realização da prova, os candidatos devem apresentar um documento de identidade original com foto. Não sendo aceitas cópias. Para documentos digitais, o MGI orienta que os candidatos tenham o aplicativo baixado no celular, para que seja possível acessar mesmo sem internet. Não serão aceitas fotografias do documento, ainda que estejam na galeria do telefone.
“Depois de se identificar para o fiscal de prova, na entrada da sala, é obrigatório desligar o celular e outros aparelhos eletrônicos e guardá-los no envelope que será entregue. Ele será lacrado e precisa ficar embaixo da carteira ou dentro da bolsa, não podendo ficar sobre a mesa”, avisa o ministério.
Além disso, os candidatos deverão levar caneta esferográfica de material transparente e de tinta preta. É indicado que mais de uma caneta seja levada para o local da prova.
De acordo com o edital, não será permitido o uso de relógio de qualquer natureza, também é proibido o uso de óculos escuros, chapéu, boné, gorro e protetores auriculares. Candidatos que usarem aparelhos eletrônicos no local de prova serão eliminados.
Será permitido levar alimentos e água no dia da prova. As comidas devem estar em embalagens lacradas e as garrafas de água precisam ser transparentes.
Salários, vagas e cadastro de reserva
Os salários variam entre R$ 4 mil a R$ 22 mil. Segundo o MGI, a relação candidato/vaga no total do concurso é de 318,4.
Mais de 13 mil vagas excedentes serão disponibilizadas para o cadastro de reserva. De acordo com o MGI, os candidatos que estiverem classificados até o limite de duas vezes o número de vagas imediatas do bloco temático, com notas mais altas conforme o cargo e especialidade poderão concorrer à lista de espera.
Segundo o edital, serão levados em consideração os cargos e as especialidades com suas ordens de ranqueamento escolhidos na inscrição, e as vagas reservadas para negros, indígenas e pessoas com deficiência.
“Quem inicialmente não tiver nota suficiente para passar, por exemplo, em sua primeira opção de cargo, sinalizada no momento da inscrição, poderá atingir a nota mínima para entrar no seu segundo cargo prioritário, mas ainda segue no banco de candidatos para a primeira opção e tem chance de ser chamado, posteriormente”, explicou a pasta.
As convocações poderão ser realizadas a cada seis meses ou de acordo com a necessidade dos órgãos. Existem também a possibilidade de candidatos serem chamados para assumir cargos temporários no serviço público, mas sem perder a chance de se classificar para possíveis vagas efetivas.
Locais de prova e logística
Ao todo, serão 3.647 locais de aplicação de provas e 72.041 salas. 228 municípios, em todos os estados brasileiros, vão receber os candidatos. “Com essa capilaridade, 94,6% da população está apta a participar com deslocamento de até 100 km”, aponta a pasta.
Na semana passada, a ministra Esther Dweck já havia mencionado que a principal dificuldade na realização do CPNU havia sido a logística para a realização das provas. “São desafios de segurança, de conseguir fazer a prova chegar para todo mundo, de ter espaço para todo mundo”, disse.
De acordo com o MGI, cerca de 210 mil pessoas estão envolvidas na aplicação das provas neste domingo. O número representa aproximadamente 10% dos 2 milhões de candidatos inscritos e inclui aplicadores, fiscais de prova, gestores e uma rede de servidores de órgãos de segurança.
Para garantir a segurança dos trabalhadores e candidatos, o MGI conta com o suporte da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF), e Força Nacional. Os órgãos estiveram envolvidos durante todo o processo de organização do concurso.
