Um terço dos aprovados no Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), mais conhecido como “Enem dos Concursos”, são negros, indígenas e pessoas com deficiência, segundo perfil dos selecionados divulgado pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI).
Entre os aprovados, 24,5% se autodeclaram negros, grupo que representou 18,8% dos inscritos. Já os indígenas, que correspondiam a 0,46% dos candidatos, conquistaram 2,29% das vagas. Pessoas com deficiência, por sua vez, somavam 2,06% dos inscritos e alcançaram 6,79% das aprovações.
Nas três categorias, houve candidatos que passaram na ampla concorrência, além daquelas que entraram pelas cotas. “O quantitativo de pessoas foi superior ao das cotas, demonstrando algo que queríamos muito, fazer com que a cota fosse um piso e não um teto, como era aplicada, e ao mesmo tempo ampliar a inclusão de pessoas dando uma diversidade maior no serviço público”, disse a ministra do MGI, Esther Dweck.
Segundo o levantamento do MGI, quase 1 milhão de pessoas, de 5.555 municípios brasileiros, participaram do CPNU. A região Sudeste teve a maior participação entre os aprovados, com 32,9%, seguida pelo Nordeste, que concentrou 26%.
O Centro-Oeste, incluindo o Distrito Federal, registrou 25,6% de aprovação, enquanto o Sul alcançou 9,8% e o Norte, 5,6%. “Todos os estados brasileiros têm aprovação com resultados bem significativos, inclusive um desses resultados foi o Rio Grande do Sul, demonstrando a importância do adiamento inicial (das provas), garantindo que todos pudessem fazer o concurso juntos”, lembrou a ministra.