A fabricante brasileira de aviões Embraer fechou o terceiro trimestre com lucro de R$ 991,6 milhões, alta de 226% na comparação com igual período do ano anterior. Os números foram sustentados por uma firme demanda por aviões e o aceleramento nas entregas.
As receitas totalizaram R$ 9,4 bilhões no trimestre, com aumento de quase 50% ano contra ano. Segundo a empresa, o destaque foi para os segmentos de aviação executiva e de defesa e segurança, com crescimento em receita superior a 85% no comparativo ano a ano, cada uma. No acumulado anual, a receita consolidada totalizou R$ 21,7 bilhões — 32% maior quando comparada aos R$ 16,4 bilhões do ano anterior.
O resultado operacional ajustado atingiu R$ 1,6 bilhão, mais do que duas vezes superior ao ano passado. A margem operacional foi de 17,6% (contra 7,9% no terceiro trimestre de 2023).
O Ebitda no período foi de R$ 1,98 bilhão, alta de 168% na comparação anual. A margem Ebitda foi de 21,1%, contra 11,7% um ano antes.
A Embraer entregou 59 jatos no trimestre, resultado 37% superior na comparação ano contra ano, sendo 41 jatos executivos (22 leves e 19 médios), 16 jatos comerciais (4 E1-175, 10 E2-195 e 2 E2-190) e 2 cargueiros multimissão C-390 Millennium em Defesa & Segurança (Brasil e Hungria). Destaque foi para a aviação executiva, com um crescimento de entregas de 46% no comparativo com um ano antes.
A carteira total de pedidos atingiu US$ 22,7 bilhões no 3T24 — maior nível dos últimos nove anos, com aumento de mais de 25% na comparação anual e aproximadamente 10% trimestre a trimestre.
A empresa fechou o trimestre com uma dívida líquida de R$ 5,9 bilhões, queda de 13% na comparação com o terceiro trimestre de 2023. Segundo a empresa, o fluxo de caixa livre positivo de R$ 1,4 bilhão durante o trimestre ajuda a explicar a redução na posição da dívida líquida.
Diante de uma cadeia de produção ainda complexa no mundo todo, a Embraer anunciou a redução nas suas perspectivas de entregas de aviões comerciais neste ano.
A nova meta é de entregas no segmento entre 70 e 73 aeronaves, contra uma projeção anterior entre 72 e 80. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira.
Na contramão, o grupo elevou sua perspectiva da margem operacional ajustada, para um intervalo entre 9% e 10% — contra 6,5% e 7,5% na projeção anterior, de março de 2024.
Já o fluxo de caixa livre deverá ser de US$ 300 milhões ou maior, segundo a empresa. A projeção anterior era de US$ 220 milhões ou maior.
As demais projeções não foram modificadas. O grupo prevê entregar entre 125 e 135 aeronaves da divisão executiva até o final do ano. Já a receita consolidada deverá fechar entre US$ 6 bilhões e US$ 6,4 bilhões.
