Alvo de operação da Polícia Federal (PF), uma organização brasileira que teria desviado R$ 10 milhões das contas de clientes de bancos portugueses supostamente lavou o dinheiro das fraudes usando criptomoedas, de acordo com as autoridades.
Segundo a PF, os investigados teriam fraudado contas bancárias em Portugal a partir de municípios brasileiros. Membros da organização invadiam os computadores e celulares das vítimas por meio de técnicas como o envio phishing – fraude que busca obter informações sensíveis por meio de comunicações de conteúdo duvidoso – através do desenvolvimento de sites e telas similares aos de aplicativos de bancos portugueses.
“A divisão de tarefas entre os integrantes da organização criminosa revelou também a existência de pessoas com a função especializada de realizar ligações telefônicas, com sotaque do idioma português falado em Portugal, para convencimento das vítimas portuguesas a fornecer dados relevantes ou adotar alguma conduta que permitisse a obtenção de dados sigilosos”, informou a PF em nota.
Inicialmente, os valores ficariam em Portugal em contas de “laranjas” para depois serem remetidos ao Brasil em nome de terceiros, onde seriam aplicados em “vastos investimentos em criptoativos”, posteriormente convertidos para moeda fiduciária nacional.
Além da autoridade policial brasileira, as investigações envolveram a Polícia Judiciária de Portugal e a Interpol.