O governo realizou uma reunião na semana passada com grandes bancos para avançar na modernização do crédito consignado privado. O encontro reuniu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros, representantes da Febraban e os CEOs do Itaú, Bradesco e Santander.
Ele destacou que o produto tem possibilidade de destravar grandes volumes de crédito. “Acredito que o consignado privado pode ser para o crédito o que o Pix foi para os pagamentos”, disse. “Pode ser um mercado de R$ 200 bilhões, R$ 300 bilhões”, afirmou. Hoje, o consignado privado totaliza cerca de R$ 40 bilhões.
Segundo Leão, a elevação recente do teto de juros do consignado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ainda não foi suficiente para voltar a tornar a modalidade atrativa.
Em janeiro, o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) subiu o teto de 1,66% ao mês para 1,80%, após forte demanda das instituições financeiras. “Esse teto ainda não paga a conta para fazer consignado via correspondentes bancários”, disse.
Leão disse torcer para que não haja teto de juros no consignado privado. “O teto limita o público-alvo. Tira dezenas de milhões de pessoas da equação, a gente não pode precificar as pessoas de forma igual.”
“Ou o governo entende que o teto joga contra os interesses do consignado, ou não teremos algo parecido com o que foi o Pix para os pagamentos”, completou.