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Como é viver na Alemanha, segundo brasileiro que emigrou após dois assaltos | Carreira

Redação
por Redação

Há 8 anos, William Barros, de 46 anos, decidiu sair do Brasil para viver na Alemanha. Natural do ABC paulista, desde 2007 o brasileiro trabalhava em uma empresa com sede na Alemanha e fazia viagens frequentes ao país para reuniões. As viagens despertaram a vontade de trilhar uma carreira internacional, mas foi somente no fim de 2014, após passar por dois assaltos, que William agilizou o processo de emigração.

“Eu já estava em uma posição regional (América Latina), mas sediado em São Paulo. A vontade de trilhar uma carreira internacional foi crescendo, mas no fim de 2014 dois assaltos me fizeram acelerar o processo. Em agosto de 2015 fui indicado para participar de um processo seletivo na Matriz, fui aprovado e recebi o visto de trabalho ainda em dezembro daquele ano, me mudando com a família em 2016”, diz.

No caso de William, o principal ponto que chamou a atenção do país germânico para ser o novo lar, além de já ter um emprego para uma empresa com matriz na Alemanha, foi a segurança após as situações de assalto.

“Não se pode negar, há alguns casos de furto, mas não há roubo, aquele com ameaça e violência”, afirmou.

Atualmente ele é funcionário de uma empresa americana que comprou a divisão de negócios da companhia alemã em que trabalhava.

Segurança e qualidade de vida

A Alemanha é o 15º país mais seguro do mundo de 163 elencados no 17º Índice Global de Paz, do Institute for Economics and Peace.

O país germânico também se destaca pela qualidade de vida, sendo o 7º país com maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo de acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgados em março deste ano.

O país também considerado também o 24º país mais feliz do mundo, segundo o Relatório Mundial da Felicidade da Organização das Nações Unidas (ONU).

Além de estar em altas posições em índices que mensuram segurança e qualidade de vida, para quem tem filhos, como é o caso de William, pai de Guilherme, de 23 anos, e Maria Clara, de 12, a oportunidade de aprendizagem também um atrativo: as crianças, segundo ele, aprendem alemão, inglês, espanhol e francês na escola pública, e na região em que mora, o governo oferece aulas semanais para línguas maternas como português como opção.

William Barros e os filhos Maria Clara e Guilherme — Foto: Acervo Pessoal/William Barros

Além do ensino gratuito de qualidade nas escolas públicas, as faculdades, em sua maioria, não possuem mensalidade, somente o pagamento de taxas, que variam de acordo com a instituição.

Como regra geral, as unidades de ensino superior estaduais não cobram mensalidades para cursos de graduação (bacharelado) ou alguns programas de mestrado. Em alguns estados alemães, o estudante é cobrado por taxas somente para um segundo curso de graduação, ou se não concluir seu programa de estudo dentro de um determinado período, explica o Consulado Geral a Alemanha em São Paulo.

Há exceções, como no estado de Baden-Württemberg, que possui taxas de 1.500 euros por semestre para cidadãos não pertencentes à União Europeia. As taxas não se aplicam a estudantes de doutorado.

Benefícios da Alemanha, seguro brasileiro que emigrou

  • Qualidade de vida;
  • Estabilidade econômica;
  • Segurança;
  • Educação pública de qualidade;
  • Custo com saúde baixo;
  • Boa mobilidade, com pouco trânsito e transporte público eficiente;
  • Facilidade de viajar para outros países.

Principais dificuldades de morar na Alemanha

Apesar das vantagens, também há dificuldades na transição para Alemanha, segundo William. A começar pelo pelo idioma. “É difícil, leva tempo e requer esforço, mas isso facilita muito a integração. É possível se virar no inglês, sim, mas isso cria um comodismo e você acaba enfrentando diversas dificuldades em resolver as coisas nos órgãos públicos, escola das crianças (se optar por uma pública) e até mesmo na saúde”.

A mudança no clima também impacta, diz William, explicando que, além do frio, o que mais impactou foi a grande diferença que dura 4-6 meses de dias mais escuros no outono/inverno. A saudade dos parentes e amigos também é um dos pontos difíceis na mudança para outro país.

Outro ponto de diferença entre o Brasil e a Alemanha, explica William, é o imposto no país, que é “relativamente alto”, chegando a 42% para uma pessoa solteira, sem filhos, por exemplo.

Palestras para quem quer trabalhar na Alemanha

Para os interessados em trabalhar no país, o Consulado Geral da Alemanha em São Paulo, em parceria com o Goethe-Institut e Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, promovem uma série de eventos online para divulgação de oportunidades e iniciativas aos interessados em trabalhar na Alemanha. O ciclo de palestras faz parte das atividades comemorativas dos 200 anos da imigração alemã no Brasil.

Ao todo, são oferecidas sete palestras online sobre as oportunidades de trabalho na Alemanha e os principais projetos para quem deseja emigrar para o país europeu, como a nova modalidade de vistos, o Cartão de Oportunidades, que irá trazer a possibilidade para trabalhadores brasileiros irem para o país mesmo com somente formação técnica.

O Cartão de Oportunidade permitirá, a partir de 1 de junho deste ano, que um profissional more na Alemanha para buscar emprego diretamente lá. A modalidade funcionará através de um sistema de pontos, em que é possível se candidatar a um visto com base em critérios como experiência profissional, conhecimentos linguísticos e formação profissional. O visto dá direito para que o trabalhador permaneça um ano no país para encontrar o emprego certo.

Fonte: Externa

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